sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Lupita Nyongò em premiação: Não há vergonha na beleza negra


http://ego.globo.com/famosos/noticia/2014/02/lupita-nyongo-em-premiacao-nao-ha-vergonha-na-beleza-negra.html

Lupita Nyong’o em premiação: 'Não há vergonha na beleza negra'

A atriz de '12 Anos de escravidão' foi homenageada em um evento na Califórnia e contou que queria ter a pele mais clara quando adolescente.

do EGO, no Rio
Lupita Nyong'o (Foto: AFP / Agência)Lupita Nyong'o (Foto: AFP / Agência)
Vestindo um modelo Giambattista Valli, a nova queridinha da moda, Lupita Nyong’o, chamou a atenção no 7° Annual Essence Black Women In Hollywood Luncheon, na noite de quinta-feira, 27, no Beverly Hills Hotel, na Califórnia. Mas o modelo da coleção primavera 2014 da grife não foi o único motivo que atraiu todos os holofotes para a estrela de "12 Anos de escravidão".
Agraciada com o prêmio de Atriz Revelação por sua atuação no longa indicado ao Oscar, Lupita fez um emocionante discurso sobre a influência de seu trabalho na vida de outras pessoas e as referências que recebeu de outras personalidades como modelos e atrizes negras quando era adolescente. As informações são do site da revista "Essence".
"Me lembro de uma época em que eu também não me sentia bonita. Eu ligava a TV e só via peles pálidas. Era provocada e insultada pela minha pele cor da noite. E meu único pedido a Deus, O milagroso, era que eu acordasse com a pele mais clara. A manhã chegava e eu estava tão empolgada para ver minha nova pele que me recusava a olhar para baixo até que estivesse em frente a um espelho porque queria ver meu rosto primeiro.E todos os dias eu experimentava o mesmo desapontamento de continuar tão escura como era no dia anterior. Eu tentei negociar com Deus,  eu disse a ele que iria parar de roubar cubos de açúcar à noite se ele me desse o que queria, eu ouviria tudo que minha mãe dissesse e nunca mais perderia meu suéter na escola novamente, se ele me fizesse ficar um pouquinho mais clara. Mas acho que Deus nao se impressionou com as minhas barganhas porque nunca me ouviu", disse ela.
Lupita continuou o discurso contando que, apesar de sua mãe dizer que ela era linda, suas perspectivas só mudaram quando viu a incensada modelo Alek Wek, de pele escura como a sua, tendo sua beleza exaltada em todas as revistas. "Não há vergonha na beleza negra", finalizou.
Lupita Nyong'o (Foto: Reuters / Agência)Lupita Nyong'o (Foto: Reuters / Agência)
Lupita Nyong'o (Foto: Reuters / Agência)Lupita Nyong'o (Foto: Reuters / Agência)


 
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Em meio a tanto preconceito, capa de revista com Lupita Nyong’o é colírio para os olhos


http://blogs.estadao.com.br/lindeza/2014/02/25/em-meio-a-tanto-preconceito-capa-de-revista-com-lupita-nyongo-e-colirio-para-os-olhos/

Em meio a tanto preconceito, capa de revista com Lupita Nyong’o é colírio para os olhos


Foto: Revista Essence

Hoje me deparei com os posts do perfil no Twitter ‘Não sou racista, mas’, bateu aquele desânimo da humanidade. Mas logo depois vi as fotos da atriz Lupita Nyong’o para a capa de março da revista ‘Essence’ – uma publicação focada no ‘estilo de vida, moda e beleza para as mulheres afro-americanas’. Entre as celebridades que já foram capa da Essence estão Michele Obama, Oprah e Beyoncé.

A indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante no Oscar 2014 esbanja tanta beleza e luz nas fotos que até desfez aquele sentimento ruim e me fez esquecer por alguns instantes como ainda existe muito preconceito na nossa sociedade.

Nesse ensaio, a beleza de Lupita é destacada com batons e sombras de cores vibrantes. Aliás, nos tapetes vermelhos a atriz também aposta em tons que fogem dos neutros. Nas fotos para a revista Essence, as unhas aparecem com tons nudes, mas em uma das imagens chama atenção uma aplicação de brilhos.

Foto: Revista Essence

Antes que comentem ‘grande coisa, quero ver Lupita ser capa da Vogue’, eu respondo: sim, acredito que um dia a atriz será capa da Vogue e isso será maravilhoso, porque ela irradia beleza por onde passa; tapetes vermelhos e fotos de revista, qualquer revista que seja.

Em uma entrevista Lupita disse: ‘In many ways me being on the scene is doing for little girls everywhere what Oprah Winfrey and Whoopi Goldberg did for me.’ É, Lupita, além de te achar linda, concordo plenamente com você.

Foto: Revista Essence

Agora, quero saber sua opinião sobre uma revista focada em mulheres ‘afro-americanas’. Conte nos comentários se você acha que isso também é uma forma de racismo ou se é apenas um produto voltado para um público específico.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

LUPITA NYONG`O - Elegância de uma estrela


Vamos encher o facebook com fatos e curiosidades sobre a favorita ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, a atriz Lupita Nyong'o.
Inspire-se em seus looks. Cada imagem uma curiosidade nova.

Lupita tem 1,65m e tem 30 anos,mexicana, criada no Quênia. Além disso nossa estrela é pisciana.


https://www.facebook.com/afronzingacabeloearte/photos/a.407436405959304.80193.308738702495742/639163669453242/?type=1&theater

MODA No calçado


https://www.facebook.com/130777576934677/photos/a.490198987659199.117804.130777576934677/753421274670301/?type=1&theater

ÁGUA - sua importância



https://www.facebook.com/photo.php?fbid=741096635901196&set=a.292412467436284.85026.100000026000159&type=1&theater

MODA - Belos tecidos

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10150721765247092&set=a.10150721760512092.426692.180991057091&type=1&theater



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cali Exposhow

Cali Exposhow 2011-Pasarela Carlos Arturo Zapata

SAÚDE DO HOMEM - Câncer de pênis


http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/aumentam-os-casos-de-cancer-de-penis-conheca-os-sintomas,6a7288d819144410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html


Câncer no pênis é doença ainda pouco compreendida, mas merece atenção Foto: Getty Images
Câncer no pênis é doença ainda pouco compreendida, mas merece atenção
Foto: Getty Images
O câncer peniano, em comparação ao de próstata e o de testículos, tende a ser cada vez mais raro. Mas, depois que a instituição Orchid divulgou que este tipo de tumor, que é pouco conhecido, cresceu 21%, é importante que os homens estejam atentos aos sintomas mais comuns. As informações são do site do Huffington Post.

A pesquisa patrocinada pelo órgão e conduzida por especialistas em câncer peniano do Reino Unido oferece uma perspectiva única sobre a doença, ainda pouco compreendida. “O câncer peniano é raro quando comparado com outros tumores masculinos e, por isso, as estatísticas sobre o diagnóstico e as taxas de sobrevivência a longo prazo são difíceis de encontrar”, afirma o autor do estudo, Manit Arya. Segundo ele, o levantamento traz os resultados mais robustos e atualizados em termos de tendência de incidência, mortalidade e sobrevivência.

Entre os sintomas, estão nódulos indolores; úlceras que não cicatrizam; sangramentos; erupções vermelhas no prepúcio; dificuldade para afastar o prepúcio (fimose); odor incomum; mudança de cor inexplicável na pele; e inchaço dos gânglios linfáticos na área da virilha. A estimativa é que existam 500 casos da doença no Reino Unido no próximo ano, de acordo com o Cancer Research UK. Se o câncer peniano for detectado precocemente, as chances de cura são bastante altas.

Rebecca Porta, chefe-executiva da Orchid, destacou a importância do diagnóstico precoce. “É muito importante que os homens estejam conscientes sobre os sinais e aqueles com sintomas preocupantes devem procurar assistência médica o quanto antes", explicou. O diagnóstico precoce pode passar despercebido por profissionais de saúde ou ainda ser confundido com uma doença sexualmente transmissível ou ainda uma condição benigna de pele. No entanto, quando detectada a doença, é possível buscar as melhores opções de tratamentos. A cirurgia peniana já é possível e os homens já não precisam ser submetidos à amputação total ou parcial do órgão.

Causas
A causa exata do câncer peniano não é conhecida, mas os fatores relacionados abaixo estão associados ao aumento do risco.

- HPV: as verrugas genitais estão relacionadas a um risco seis vezes maior do câncer de pênis.
- Cigarro: o risco de um homem desenvolver este tipo de tumor é maior entre os que fuma, o que sugere que o cigarro atua como um fator de risco.
- Pênis não-circuncidado: este tipo de câncer é muito menos comum entre homens que tiveram o pênis circuncidado logo após o nascimento. Homens que não fizeram a ciruriga podem encontrar uma dificuldade maior em deslocar a pele para poder lavar, o que pode resultar em uma má-higienização da área.


Terra

AKEKHO OFANA NO JESU

LUPITA NYONG´O - A elegância de sempre da modelo e atriz do filme "12 anos de escravidão"


https://www.facebook.com/fashion.africa/photos/a.10151797944614860.1073741892.374166119859/10152225768759860/?type=1&theater

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

TINGA - o jogador negro

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O cabelo dos meninos pretos
Por Cidinha da Silva

Algo de sinistro acontecia com os cabelos daqueles meninos. Eles simplesmente não cresciam mais. Haveria algum parente do nitrato posto no feijão dos encarcerados na comida dos clubes?

Primeiro fora Romarinho, ao transferir-se do Bragantino para o Corinthians. Primeiro mês, segundo, terceiro, e o cabelo não avançava um centímetro. Seis meses e nada, continuava do mesmo tamanho, parecia encolhido, até. Deveria ser o contrário, certo? Não dizem que quando se está triste e deprimido o cabelo cai? O garoto estava feliz, fazendo gols decisivos, tornando-se ídolo da torcida.

Depois fora Cortês, vindo do Nova Iguaçu para o todo poderoso São Paulo, numa decisão do Presidente de trazer para o clube rico, gente que corresse atrás da bola com fome de um prato de feijão. No Olaria, no Bangu, no Nova Iguaçu, times dos subúrbios do Rio, tem muitos meninos com os cabelos estilo Cortês, são uma marca. No Tricolor do Morumbi, o cabelo do menino também parou de crescer, pior, diminuiu a olhos nus.

No quesito diminuição de cabelos, a operação mais drástica dera-se em Wesley, do Palmeiras. Ele que voltara da Europa com tranças longas, densas e brilhantes, que o deixavam com um aspecto Massai, talvez desconhecido, depois de longa contusão voltou à caretice, digo, carequice da época do Santos. É verdade que dizem por aí que o Wesley muda o cabelo e tatua o corpo de acordo com mudanças fundamentais de vida.

Os dois maiores Ronaldos da história do futebol brasileiro fornecem material antagônico para estudo das questões capilares relativas às cadeias de aminoácidos espiraladas. O Fenômeno, achando-se branco, manteve-se careca durante longos anos, advogando que coisa ruim deveria ser cortada. O Gaúcho, por sua vez, em um dos trotes de boas vindas à Seleção Brasileira teve os cabelos cortados enquanto dormia. Um repórter, percebendo a insatisfação do atacante mágico, perguntou: “então, Ronaldinho, aderiu ao time dos carecas?” Ele, com o jeito tímido que até hoje carrega, porém assertivo, respondeu: “bahhh... foi brincadeira dos caras. Eu não gosto de careca, não. Eu gosto do meu cabelo.”

Tinga, do Cruzeiro, e Roque Júnior, campeão mundial de 2002, já aposentado, são exemplos dissonantes, como Gaúcho. O primeiro tem os dreads mais longos já vistos no futebol brasileiro e mundial. É alvo constante de piadas, descrédito, desrespeito. Tímido e operário em campo, não costuma responder com palavras, apenas mantém a estética.

Roque Júnior tem os dreads mais lindos e bem cuidados do mundo futebolístico. Ninguém tira farinha com ele e com o Primeira Camisa, time de futebol que preside, dá os primeiros passos como gestor moderno, preparado para gerir um time e o pós-carreira com mão firme e consciente do impacto de seus dreads no mundinho eurocêntrico desse esporte abrilhantado por negros.
Foto: Tinga

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SAÚDE - cuidado, câncer de colo utelino, fatores de risco

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SAÚDE - Sinais do AVC


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CABELOS - Penteados




http://beleza.terra.com.br/cabelos/,e9ab61796ed14410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html?fb_ref=FBActivityFeed

Trança em cascata é opção para cabelo no verão; aprenda a fazer

Aprenda a fazer a trança cascata, a 'queridinha' das famosas
  • Danielle Barg
As trancinhas no cabelo solto conferem ao look um ar despojado e com a cara do verão. Para quem quer incrementar o penteado, a dica é a "trança em cascata", que conta com mechas soltas e  garantem um aspecto mais desestruturado.
Thaila Ayala é uma das adeptas e, recentemente, foi clicada com o penteado. Para quem quer copiar o visual da atriz, o Terra traz um passo a passo para fazer em casa. Quem ensina é a hairstylist Rita Santos, a "Ritinha", do W Studio, de São Paulo.
Veja famosas que usam tranças com cabelo solto
Terra

UNHAS - proteção


http://beleza.terra.com.br/calor-deixa-unha-fraca-e-quebradica-aprenda-a-protege-la,651d8ab43ec04410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html


Calor deixa unha fraca e quebradiça; aprenda a protegê-la

Com os termômetros batendo recordes de temperatura neste verão, manter as unhas bonitas e saudáveis se tornou uma tarefa quase impossível para as mulheres. Isso porque o calorão típico da estação pode deixá-las mais fracas e quebradiças, além de comprometer a durabilidade e qualidade dos esmaltes utilizados.
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Apesar disso, alguns cuidados simples podem ajudar a contornar os efeitos negativos provocados pela onda de massa quente que toma conta de todo o Brasil. O primeiro deles diz respeito à principal causa do problema: a desidratação, provocada pelo clima úmido, que tende a retirar a água da camada das unhas, deixando-as bem frágeis.
"Outro fator que contribui para esse enfraquecimento são as dietas rápidas, realizadas com mais frequência nesta época do ano, que deixam o organismo sem os nutrientes adequados para a saúde das unhas”, ressalta Cristiane Braga Lopes Kanashiro, dermatologista e nutróloga, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME).   
Por essa razão, é fundamental aplicar uma base recuperadora, rica em queratina, na região e investir na combinação de diversos princípios ativos, como pomadas para assaduras e óleos vegetais de cravo e macadâmia, que reestabelecem a estrutura das unhas, aumentando sua elasticidade e resistência.
Além disso, deve-se avaliar a alimentação para que ela não influencie negativamente no visual. “Nesta estação, a dica é procurar comer alimentos mais ricos em água, como chuchu e melancia, por exemplo”, recomenda a especialista.
Praia e piscina 
Ao contrário do que se imagina, a dupla praia e piscina não interfere na durabilidade do esmalte. O que compromete o efeito do cosmético, na verdade, é a própria fragilidade da unha provocada pela desidratação. Por isso, caso haja alterações na qualidade da coloração, vale a pena aplicar um verniz extra brilho para recuperar a sua vivacidade.
Também é fundamental retirar o esmalte um dia antes de ir à manicure para que a região possa oxigenar, jamais descascá-lo com as unhas ou a boca (a ação favorece o enfraquecimento) e evitar o uso de removedores que têm como base a acetona, pois o ingrediente possui uma composição química muito forte, capaz de desidratar as unhas.  
Agência Hélice
Terra

MODA - Bela produção Chapéu referência africana

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REVISTA - Femme Africain

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

MODA - ALTA COSTURA


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=329089090509284&set=a.163121997105995.42184.163114827106712&type=1&theater

O Filme : 12 anoa de escravidão, a história de um homem livre

http://blogueirasnegras.org/2014/02/10/12-anos-de-escravidao-historia-de-um-homem-livre/

12 Anos de Escravidão, a história de um homem livre


Por Aline Djokic para as Blogueiras Negras
Aviso: esse texto fala sobre o filme „12 Anos de Escravidão“ (2013) de Steve Mcqueen e pode conter spoilers.
 „Eu queria fazer um filme sobre a escravidão, mas encontrei a história de um homem livre.“
 Foram estas as palavras escolhidas por Steve Mcqueen para descrever o seu mais novo filme Doze Anos de Escravidão. Eu já conhecia Steve Mcqueen, e sou sua fã desde seu filme de estréia „Fome“. Um homem negro, diretor de cinema, dono de uma sensibilidade incrível e tão respeitado internacionalmente, não é coisa que se vê todos os dias.
Doze Anos de Escravidão baseia-se no livro homônimo e autobiográfico de Solomon Northup, um homem negro e livre que vivia em Saratoga, no norte dos EUA, onde o fim da escravidão já tinha sido decretada. Solomon era violinista e era assim que sustentava sua família. Um dia ele recebe uma oferta de emprego de dois homens brancos, que o enganam, sequestram e o vendem ao sul do país, onde a escravidão ainda não tinha sido abolida.
Sim, essa é a história de um homem livre e é ao mesmo tempo a história de todos nós, descendentes de tantos outros escravizados. Essa história, no entanto, não fala apenas  da escravidão. Steve Mcqueen é um diretor interessado em desvendar os indivíduos; quer entender como funcionam, que força os impulsiona, que grilhões os aprisionam.
Ele não se interessa meramente em criar personagens empáticos, com quem possamos nos identificar; uma prova disso é seu filme anterior „Shame“, que retrata a vida de um viciado em sexo. Ao fim do filme não odiamos o protagonista, não sentimos empatia pelo mesmo; apenas um alívio imenso por não termos mais que suportar sua agonia. Talvez seja essa a maior marca dos filmes do diretor, fazer com que sintamos um grande alívio por sermos obrigados a „apenas“ entender seus personagens como seres humanos.
Humanidade e escravidão… Todos os personagens de 12 Anos de Escravidão são seres humanos… Mas por que tem-se mostrado tão difícil, para a indústria cinematográfica, mostrá-los dessa maneira? Porque teme-se tanto que esses seres humanos falem por si? Praticamente todos os retratos da escravidão, que conhecemos, vêm daqueles que a implementaram, que a infligiram e que só a muito custo e por razões de custo a abandonaram.
O medo dessa fala foi tão grande, que na Itália, durante a apresentação do filme, os cartazes, que em outros países mostram o ator Chiwetel Ejiofor (que interpreta Solomon Northup), foram subtraídos e somente os dos atores Brad Pitt e Michael Fassbender foram mostrados. A possibilidade dessa fala parece ter que ser calada, nem que seja através da omissão de cartazes.
Ver e entender como Solomon Northup torna-se passo a passo um escravo é entender o que tantos livros de história nos têm negado até hoje. A usurpação de nossa humanidade ao invés da imagem subserviente e congenita com que continuam nos retratando. Solomon mostra-nos esse processo, de luta pela manutenção da humanidade e por fim, sua impossibilidade.
Sua condição anterior de homem livre, contudo, possibilita-o perceber e documentar precisamente o sistema que sustentava a escravidão. Desvendar cada tipo de escravizado, cada estratégia desenvolvida e necessária para sobreviver o sistema. E é isso que o racismo faz de cada um de nós, homens e mulheres negras: sobreviventes. Porém, assim como o próprio Solomon afirma, nós também não queremos apenas sobreviver, nós queremos viver. Solomon aprende a duras penas o que é ser um escravo, aprende que nunca se deixa de chorar um filho perdido, que a consciência da injustiça, do próprio cativeiro e do sistema que o possibilita não faz de ninguém um homem livre, e que as mulheres negras são as que mais sofrem nessa hierarquia da dor.
Por muito tempo ele luta por sua humanidade, crê poder convencer seus senhores de sua diferença e vê-se de alguma maneira desligado dos demais escravos. Reluta em perceber que sua liberdade era apenas uma ilha num mar imenso de podridão… A morte de um escravo marca a passagem de Solomon Northup de homem livre a escravizado, e o seu canto de dor unindo-se ao dos demais durante o enterro, o conscientiza que, na hora da dor, somente os que a conhecem na carne o apoiarão. A partir desse momento ele aceita sua condição de escravizado. Um homem, porém, ainda que escravizado, jamais deixa de sonhar com a liberdade…
Lupita Nyong’o é a atriz revelação do filme e comove no papel de Patsey, a „favorita“ do senhor de escravos Edwin Epps, que é extremamente sadista e obcecado pela escrava. Impossível não comover-se com as cenas em que a escrava visita uma amiga e toda a humanidade e doçura que a escravidão tenta apagar desse ser humano, transparece.
Steve Mcqueen devolveu à cada escravo retratado, sua complexidade, sua humanidade e mostra a origem de cada trauma contra o qual, nós, descendentes de homens e mulheres escravizados, temos que lutar durante toda nossas vidas. Toda negação e confusão identitária são consequências das estratégias de sobrevivência num sistema, desumano,  injusto e letal.
A cena em que Solomon é espancado por seus traficantes é uma cena crucial, pois deixa claro, que perspectiva Mcqueen escolheu para essa narrativa: a perspectiva do oprimido. E é infelizmente incomum a filmes dessa categoria, que tem como fetiche mostrar a carne dilacerada da vítima. O ângulo mostrado é o de Solomon, o nosso olhar é o da vítima, a nossa dor é a dele.  E essa dor é ainda mais dolorida, se você vive ainda hoje na pele, a herança da escravidão.
Dentre os tantos sentimentos que Doze Anos de Escravidão despertou em mim, o que mais me incomodou e que me fez chorar a cada nova cena foi o „reconhecer“. Reconhecer a mim mesma, reconhecer minha mãe, minhas irmãs e tantos outros que cruzaram meu caminho. Foi reconhecer cenas cotidianas, de novelas, noticiários e que se repetem a cada novo carnaval… Eu esperava conhecer uma parte desconhecida da minha história, mas vi também retratado ali o meu dia-a-dia…
Sankofa é um  pássaro da mitologia Ashanti e significa „recordar o passado para aprender para o futuro“; significa não esquecer, para não cometer os mesmos erros. Mas minha pergunta é, como relembrar o que não podemos esquecer? E que se repete a cada novo dia, na vida de uma pessoa negra brasileira? Para a maioria da população preta, e na sua maioria pobre, o direito a sobrevivência ainda é a única coisa que lhes resta.
Que o filme de Steve Mcqueen seja o começo de uma série de relatos, que parte da perspectiva da vítima, para que se apague essa memória construída de servilismo negro e misericórdia branca à la „Sinhá Moça“ ou „A Cabana do Pai Tomás“. Obra, aliás, que retrata a vida de um escravo numa fazenda da mesma região, onde Solomon Northup viveu todas as atrocidades descritas no filme.
Somente quando a verdade do passado vem à tona podemos construir para o futuro. Nós mulheres e homens negros queremos que Sankofa pouse em nossos peitos, queremos que o presente se torne passado.
Que o filme de Steve Mcqueen seja uma oportunidade de reflexão não só para nós negros, mas também para mulheres e homens brancos.
A atriz Lupita Nyong"o em cena de "12 Years a Slave", um dos favoritos na corrida para o Oscar Divulgação/Fox Pictures
A atriz Lupita Nyong”o em cena de “12 Years a Slave”, um dos favoritos na corrida para o Oscar Divulgação/Fox Pictures
 LINQUES
Trailer do filme „12 anos de escravidão“, legendado.

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