Quem concorda que o penteado que você irá usar no dia do casamento é tão importante quanto o vestido de noiva?
Por Adriana Adéa do Transitei
Principalmente, para crespas e cacheadas, a dúvida sobre o que fazer
com o cabelo no dia do casamento pode se cruel. Alisa ou não alisa? Você já decidiu se vai subir ao altar com o cabelo solto ou preso? Acho que essa pergunta é um ótimo ponto de partida. Mas existem outras peguntas que você pode fazer:
Eu sou uma noiva tradicional ou moderna?
Meu estilo é romântica ou ousado?
Que tipo de acessório eu gostaria de usar no seu cabelo?
Elaine Rosa, 26
anos, cresceu ao pé do Morro do Salgueiro, no Rio de Janeiro, filha de
um funcionário público. Nas escolas particulares por onde passaram e no
curso de inglês, Elaine e as irmãs, bolsistas, eram as únicas negras. A
menina se sentia diferente das colegas, odiava o curso de inglês. A
lembrança mais doída é a dos romances adolescentes que nunca vingavam.
"Eu gostava de um menino, mas ele nunca olhava para mim. Não me achavam
bonita, eu não me achava bonita", lembra.
Para domar o cabelo, Elaine usava tranças e muito relaxamento à base de química.
Cansada
de se sentir diferente, trocou a escola particular pela Faetec
(Fundação de Apoio à Escola Técnica), pública. “Comecei a andar com a
turma do subúrbio, que curtia hip hop e valorizava o fato de eu ser
negra”, lembra. Leia mais: TV Globo nega racismo em foto sobre "diversidade" só com louras Leia mais: Artista cria Simpsons negros contra racismo nos EUA
Entre
trança e química, o cabelo começou a cair. Cada vez mais envolvida com a
cultura negra e ainda com medo de ficar careca, mudou de vez o que
passava pela sua cabeça - literalmente.
A moça da Pavuna é
personagem de um fenômeno que agita as redes sociais e aos poucos se
mostra nas ruas brasileiras: a valorização do cabelo crespo como forma
de celebrar também a identidade negra.
Sites, blogs, editoriais de
moda e comunidades virtuais (Meninas Black Power, Cabelo – Ruim é o seu
preconceito, Manifesto Crespo) louvam a beleza do cabelo crespo,
anelado, afro, trançado, cacheado, enrolado.
No país que canta "o
teu cabelo não nega, mulata", a marchinha de Lamartine Babo que diz
"como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor", cabelo crespo
está em alta, cada vez mais, para pôr fim ao que muitos veem como
"ditadura da chapinha e do alisamento".
Agora Elaine aposta em turbantes, faixas e ativismo social para conter o preconceito.
Com
amigos da Pavuna, criou uma microempresa (Rainha Crespa) e a Feira
Crespa, um evento de valorização da beleza e da identidade negras, com
venda de produtos de moda e beleza, oficinas e debates. Leia mais: Eleição de miss Japão negra gera debate sobre racismo no país
A Feira terá sua terceira edição neste sábado, 25 de julho, dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O
projeto da Feira levou Elaine, que cursou Produção Cultural no IFRJ
(Instituto Federal de Educação do Rio de Janeiro), a ser selecionada
para a Agência de Redes para a Juventude, uma organização que estimula
projetos inovadores de jovens de periferia.
Em abril, Elaine
integrou a delegação que a Agência levou a um debate na Universidade de
Stanford, na Califórnia. "O detestado curso de inglês afinal mostrou
utilidade", brinca ela. Leia mais: Dos sucos ao recismo velado: o Brasil "Para Inglês Ver"
A
onda crespa chega forte ao mercado de cosméticos e também aos salões de
beleza. Considerado um dos maiores especialistas do país em cabelos
crespos, Wilson Eliodorio atende em seu salão, em São Paulo, as atrizes
negras Thaís Araújo e Cris Vianna e a louríssima Fiorella Mattheis.
Diz
que o movimento de aceitação dos crespos começou há alguns anos e
percebe o estágio atual como um momento que aprofunda a valorização da
identidade negra e do poder feminino.
Para Eliodorio, que é negro,
muitos profissionais têm medo de cabelos crespos, do seu volume e do
que aparece quando sai a química. "Com química, os cabelos vão ficando
um lixo. Recebo aqui clientes que começaram a alisar aos oito anos de
idade e agora querem se livrar da química", conta.
No morro do Chapéu Mangueira, no Leme (zona sul do
Rio), química não entra no salão Consciência Dreads, criado por Marilene
Gonçalves, 34, terapeuta capilar e tranceira profissional.
Ela
aprendeu o ofício no interior de Minas, com a mãe, também negra, que
jamais permitiu alisar o cabelo da filha. No Rio, começou a trançar na
praia e atraiu a atenção de quem passava. Aprendeu a massagear e a
hidratar cabelos crespos, a trançar sem causar dor.
Leia mais: "Nega maluca, não" - Mulheres pedem fim das fantasias de negras no carnaval
"Cansei
de ouvir que meu cabelo era ruim, era duro. E aprendi a cuidar dele, a
gostar de mim", diz Marilene, que não trabalha com alisamento, mas não
condena quem faz.
Cansada de procurar acessórios para os cabelos
crespos das filhas Luiza e Elis, a artesã Renata Morais criou em 2012 a
Lulu e Lili Acessórios, com faixas, turbantes e laços apropriados para o
tipo de cabelo e a idade das meninas.
Hoje oferece produtos em
feiras e eventos e criou acessórios para todas as idades, e está
partindo também para uma linha de roupas.
Em abril, um editorial
de moda de sua empresa, "Sete Meninas Crespas", produzido pelo coletivo
Quilombo dos Meninos Crespos, se espalhou pela internet. "Eu fui uma
criança infeliz porque não me identificava com nada que vendiam nas
lojas. Não era para mim, era para crianças de cabelo liso. Quero que as
minhas filhas sejam mais felizes", diz a empresária.
Mãe de Carolina Monteiro, de 8 anos, a empresária
mineira Patrícia Santos postou na internet um vídeo em que a filha
rebate o preconceito de uma amiga que perguntava por que seu cabelo era
duro.
"Meu cabelo não é duro. Sabe o que é duro? Duro é ter que
ficar aguentando pessoa ignorante falando que meu cabelo é duro", rebate
a menina de Divinópolis, interior mineiro, no vídeo que já teve mais de
200 mil visualizações só na página criada pela sua mãe.
Segundo Patrícia, mesmo depois do vídeo, a filha ainda recebe agressões.
"Esses
dias mesmo ela chegou chorando, porque dois garotos disseram que o
cabelo dela era duro", conta a empresária, que cresceu ouvindo as mesmas
agressões, mas prometeu a si mesma que sua filha, ao contrário dela,
saberia reagir. Leia mais: Contra químicos, inglesa está há 3 anos sem lavar cabelo com xampu
Casos
como o de Carolina dão indícios de que, em meio à onda de felicidade
cacheada e valorização do cabelo afro, preconceito e racismo ainda
persistem.
Em vários lugares onde trabalhou, a analista de mídias
sociais Priscila Barbosa, 28, já ouviu apelos para suavizar o penteado
afro e cheio de tranças.
"Agora as pessoas entenderam que não vou mudar, porque meu cabelo tem a ver com minha identidade de mulher negra", afirma.
O
que Priscila ouve no escritório é o mesmo sentimento que aparece nas
pesquisas de Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora executiva do
Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades),
instituição sediada em São Paulo que desde 1990 estuda a questão racial
no Brasil.
Doutora em Psicologia pela USP e integrante da Comissão
de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Cida Bento
ressalta que o cabelo afro, admirado nas ruas, sofre preconceito no
ambiente corporativo.
Lembra o caso de uma colega que ouviu de uma
consultora de RH que, se quisesse o cargo, teria que mudar o penteado.
"O território da grande empresa, do poder, é onde o cabelo afro, e da
mulher negra, principalmente, sofre o maior preconceito. É como se
dissessem: ‘na rua, tudo bem, mas aqui é lugar de trabalho, não queremos
esse cabelo’. O mundo do trabalho ainda discrimina", alerta a ativista.
Sob emoção indescritível li que o Brasil incluiu no Sistema Único de Saúde o Transplante de Medula Óssea (TMO) do tipo Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas Alogênico (TCTHA), que trata e até cura em 80% a anemia falciforme.
A decisão de grande impacto na saúde pública consta na Portaria 30 (“Diário Oficial da União” de 1º.7.2015), que define o uso em anemia falciforme do transplante de células-tronco hematopoéticas entre parentes a partir da medula óssea, de sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical.
É uma vitória duramente conquistada: o TCTHA deixa o caráter experimental e vira tratamento disponível no SUS! A estimativa é que haja no Brasil entre 25 mil e 50 mil falcêmicos, que apresentam altas taxas de morbidade e mortalidade precoce.
A anemia falciforme é um exemplo clássico da seleção natural de Darwin/Wallace: pessoas com anemia falciforme não contraem malária, pois o Plasmodium não se desenvolve em células em forma de foice! Surgiu na África, em zonas endêmicas de malária, e chegou às Américas via tráfico de escravos.
A doença resulta de uma mutação na molécula de hemoglobina, que adquiriu a forma de meia-lua ou foice, por meio de uma alteração na estrutura da hemoglobina: substituição do aminoácido (unidade das proteínas) ácido glutâmico pela valina, que confere à hemoglobina S, quando desoxigenada, a capacidade de se agregar, formando fibras de hemoglobina S, que deformam a hemácia, dando-lhe aspecto de foice.
A anemia falciforme é uma descoberta da “velha genética”, ou genética clássica. Foi a primeira doença molecular humana a ser descoberta (pelo médico James Herrick, em 1910, em Chicago, no sangue de um estudante de medicina negro nascido nas Antilhas). No Brasil, distribui-se heterogeneamente, sendo mais frequente onde a proporção de antepassados negros da população é maior (Nordeste). Depois de mais de um século, brasileiros poderão acessar o único tratamento de cura!
O TCTHA está indicado, conforme os critérios da portaria, “para pacientes com doença falciforme em uso de hidroxiureia que apresentem, pelo menos, uma das seguintes condições: alteração neurológica devido a acidente vascular encefálico, alteração neurológica que persista por mais de 24 horas ou alteração de exame de imagem; doença cerebrovascular associada à doença falciforme; mais de duas crises vasoclusivas (inclusive síndrome torácica aguda) graves no último ano; mais de um episódio de priapismo (ereção involuntária e dolorosa); presença de mais de dois anticorpos em pacientes sob hipertransfusão; ou osteonecrose em mais de uma articulação”.
O transplante de medula óssea é procedimento de alta complexidade e exige estrutura hospitalar e equipe multidisciplinar de alta qualificação, bem como a expansão dos centros de transplantes, que em 2003 eram apenas quatro e hoje são 27, insuficientes para atender a nova demanda.
Há pedras no caminho, e o Ministério da Saúde está ciente e tomando as medidas cabíveis, conforme a Portaria 2.758, que prevê medidas como a triplicação dos leitos existentes, passando de 88 para 250, até 2016, “investindo R$ 240 mil para abertura de cada novo leito ou ampliação dos já existentes”.
Não temos de esperar pra ver. Precisamos lutar muito para que o sonho vire realidade como um dos pontos da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (2009), que está à deriva e só sairá do papel com muita luta ideológica e política pela sua concretização.
“Olhem para o lado, vejam quantos negros estão aqui. Vocês deviam ter vergonha”
agosto 28, 2015 18:06
Professor da
Universidade de Columbia, neurocientista e referência no estudo sobre
drogas, Carl Hart – que é negro e tem dreadlocks – foi barrado pelos
seguranças do hotel Tivoli Mofarrej, na capital paulista, onde participa
de seminário sobre ciências criminais; ao abrir sua palestra,
pesquisador evidenciou o racismo
Por Redação* Pouco antes de ministrar uma palestra
sobre guerra às drogas e como ela marginaliza parte da população
(principalmente a negra), o neurocientista norte-americano Carl Hart
sentiu na pele os efeitos da exclusão. Na manhã desta sexta-feira (28),
ele foi barrado na portaria do hotel cinco estrelas Tivoli Mofarrej, na
capital paulista, onde participa do Seminário Internacional do Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais. Carl é negro, usa cabelos ao estilo
‘dreadlocks’ e possui dois dentes de ouro. Professor associado de psicologia e
psiquiatria da Universidade de Columbia, o PhD em neurociência é
referência nos estudos sobre drogas e seus efeitos no corpo humano e há
anos milita pela mudança da política de drogas nos Estados Unidos e em
outros países do mundo. Pouco tempo após o incidente, a
organização do evento se mobilizou para liberar a entrada de Carl e a
falta de representatividade de pessoas negras que culminou no
preconceito que sofreu em sua entrada foi lembrado logo no início de sua
fala, ao começar a palestra. “Olhem para o lado, vejam quantos negros estão aqui. Vocês deviam ter vergonha”, disse. Não havia nenhum. *Com informações do Justificando Foto: Divulgação
Eu
sou uma entusiasta do empoderamento estético há anos. Pessoas negras
perdem emprego por serem esteticamente diferente do padrão eurocêntrico
imposto nos principais meios de comunicação. Pessoas negras são alvo de
perseguição na escola, são preteridas em lugares elitizados, impedidas
de adentrarem nos templos de consumo, tudo isso por manter sua estética
tal qual ela é. Sempre, em algum momento da vida de um negro, ele ouviu
alguém perguntar: ‘Mas não vai alisar esse cabelo?’ ou então ‘Você tem
os traços finos por isso é um negro(a) bonito(a)’.
Por
essas e outras sempre tratei a questão como foco de valorização da
identidade afrodescendente. Mas, atualmente, quando abro um página de
rede social e leio o ataques de uma mulher negra sobre a outra,
simplesmente por essa mulher expor uma verdade discutida e confirmada
estatisticamente por pesquisas sérias de intelectuais negras e até mesmo
brancas e que é um tabu dentro dos próprios movimentos em defesa do
negro, me pergunto angustiada: O empoderamento está de fato acontecendo?
E em que sentido?
Já há muito observei meninos
negros, bonitos e altivos, ostentando camisas do Malcom X, gritando
palavras de ordem e exaltando o “100% preto” e que o discurso não
acompanhava nem de longe a prática de valorização racial. Esses meninos
continuavam excluídos nos meios sociais que frequentavam e sendo alvo de
piadas e comentários racistas, sem argumento intelectual para se
defenderem e sem força para dar as costas para os racistas que os
atacavam.
Essa realidade não mudou. Agora ela vem
se ampliando, porque os cabelos estão sendo ~aceitos~ mais o racismo
continua. Empoderar é criar ferramentas para resistência e luta por
igualdade de direitos entre as raças e os gêneros que atuam e ocupam o
cenário social. Ponto. E são várias as ações que precisam ser
viabilizadas para trazer essas ferramentas até a população negra se
empoderar. E é um caminho espinhoso, porque o racismo e machismo
internalizado das pessoas provoca reações de ira extrema! A zona de
conforto é ameaçada, fica estremecida e obriga a PENSARRRRRR. E o
PENSARRRRRR leva ao DESCONSTRUIRRRR, que leva ao RECONSTRUIRRRRR uma
nova postura muito mais lúcida e perigosa para o sistema atual. Aí
começa a verdadeira briga contra a burguesia exploradora, os privilégios
são distribuídos deixando de serem privilégios e passando a ser direito
comum.
Esse é o processo que todo militante deseja
que aconteça. Mas como? Se ninguém quer discutir verdades cavernosas
como a quebra racial gerada pela rejeição do homem negro a suas iguais e
quando alguém se propõe a isso é duramente atacado, perseguido,
humilhado com o aval da população negra masculina e feminina. Como? Se
ninguém quer levar a aceitação estética a sério e usá-la como faxina
interior que pode varrer o racismo internalizado desde o Brasil
colonial. Como diz uma intelectual negra contemporânea: ‘Se o preto
estiver morto não vai poder sentir orgulho do cabelo’.
O
empoderamento do negro começa, quando ele cria consciência da realidade
dolorosa que o cerca e passa a se auto afirmar como negro se opondo a
isso no seu próprio meio social. E o cabelo black deve ser uma
consequência disso, uma marcação de território que respalda ações
políticas em todo espaço social ocupado e não um fato solitário
esvaziado de sentido prático. Há que saber da sua história, das lutas
dos antepassados, dos problemas que enfrentamos na contemporaneidade e
passar a partir dessa reflexão repensar caminhos de atuação dentro e
fora dos movimentos negros.
Estamos diante do
genocídio escancarado da população negra, na mira de grupos de
extermínios que contam com a conivência e a falta de interesse do Estado
para promover chacinas, não ocupamos ainda os espaços acadêmicos e
profissionais de maneira proporcional, somos vítimas de abortos
clandestinos e violência obstétrica nos hospitais públicos. Mas o cabelo
está lindo né?! Com cachos soltos e volumosos. E o racismo sendo
alimentado pela nossa segregação interna, dentro da própria negritude
estamos nos censurando, passando a falsa ideia de que existe uma
‘irmandade’ usando ideias essencialistas, mas que vai ao chão cada vez
que alguém contradiz o mito da democracia racial.
E
que fique absolutamente legível que ninguém está se opondo ao orgulho
crespo ou dizendo que é isso que vai fazer o racismo crescer. O foco é,
até que ponto você está realmente de acordo com a sua manifestação
estética. Até que ponto você está pronto para o enfrentamento da sua
realidade de pessoa negra.
Poderíamos refletir com
mais seriedade essas questões, sair da caixinha, da caverna do Platão e
conhecer novas possibilidades de luta, onde a futilidade não seja
estrela da festa. O Black Power é tudo, menos questão estética, logo não
pode esconder a futilidade e a alienação de negros que reproduzem o
comportamento dos negros da casa grande, aqueles que para ganhar alguma
atenção do sinhozinho e da sinhazinha deduravam, expunham e maltratavam
seus iguais. Porque esses negros não se livraram da ira racista dos
brancos, e você irmão e irmã de cor, não vai se livrar também. Pense
nisso.
Se eu perguntar a você, qual é o seu nome, onde você nasceu e outras informações referentes à sua identidade como indivíduo, certamente você saberá responder. Mas, infelizmente, o mesmo não ocorre como os nossos cachinhos. E você pode achar até que é exagero. Porém, no fundo, você sabe que não é qualquer creme, condicionador ou shampoo que atende às reais necessidades do seu cabelo.
Assim como o nosso RG, é o nosso cabelo. Quando não o conhecemos, investimos em produtos que não dão resultado, perdemos dinheiro, tempo e pior, nos desgastamos emocionalmente!
Sirene ligada, alerta geral! Parem as máquinas e vamos conversar. Hoje, de uma vez por todas, descobriremos qual é o tipo do nosso caracol.
As curvas do nosso povo dividem-se em dois grupos: cacheadas e crespas. No primeiro, temos três tipos de cachos e três letras que o diferem (2, 3 e 4 A, B e C ). Mas as diferenças não terminam apenas nos números e nas letras, elas ampliam-se no tratamento e na rotina capilar correta.
Vamos nos concentrar hoje nos fios que ostentam os tipos 3 e 4, que são os mais enroladinhos e necessitam de uma atenção especial.
Características gerais:
3A >>Fio com muitas ondulações em todo cabelo, mas ainda não forma cachos. Cachos abertos mais visíveis nas pontas. Há poucos cachos por mecha.
3B >> Cachos mais fechados. Aumenta a quantidade de cachos por mecha
3C>> Muitos cachos por mechas, pois começam ser mais fechados e volumosos.
O que precisam:Esses tipos de cabelo são bem ressecados e frágeis. Aposte em uma hidratação forte.
4ACachos menores e em grande número por mechas. Volume maior.
4BCachos muito pequenos. Começa-se a criar mais volume desde a raiz.
4CCachos minúsculos e imperceptíveis. Dificuldade de hidratação das pontas.
O que precisam:O ressecamento que vem desde a raiz às pontas necessita de mais óleos do que os outros tipos de cachos. Portanto, além da hidratação, invista na nutrição, umectação com óleos vegetais e quinzenalmente em uma reconstrução
Já falamos sobre o cronograma capilar poraqui. Corra e dê uma refrescada na memória de como realizar a hidratação, nutrição e reconstrução.
É possível ter mais de um tipo de cacho na mesma cabeça?
Não só possível como totalmente comum. Identifique qual é a predominância do tipo de cacho é mãos ao creme!
Como cuidar?
Já imaginou uma linha específica para o seu tipo de cacho? Não, não estou falando de tratamento para cabelos cacheados. Estou apresentando produtos direcionados para as características e necessidades individuais dos cabelos 3A, 3B, 3C, 4A, 4B, 4C.
Saímos da superficialidade e fomos na raiz (literalmente) do que precisamos. Cansamos de assistir uma massificação de produtos que atendiam a todos os tipos de cabelos cacheados em um só potinho.
Fomos além e concretizamos um sonho de cuidar os nossos cabelos de acordo com o tipo de cacho específico. E ainda fomos além, de acordo com as necessidades que o clima de Brasília nos impõe, pois a baixa umidade e os problemas típicos do clima seco não desfavorecem apenas a nossa pele. Atinge o nosso couro capilar, causa ressecamento, opacidade e retira a vida dos cachos.
Pensando nisso, desenvolvemos uma série de linhas de tratamento como hidratação, nutrição e reconstrução com o selo de qualidade Cachos Brasil e específicas para quem mora na capital federal.
É isso mesmo!!!!
Nossos problemas acabaram! As primeiras novidades já chegaram e estão fazendo a cabeça das cacheadas brasilienses.
No próximo post, apresentaremos nossa linha de nutrição para os cachos tipo 3.