sexta-feira, 29 de maio de 2015

MODA - Esporte social

"O uso do cabelo natural como ato político"

http://blogueirasnegras.org/2014/11/21/o-uso-do-cabelo-natural-como-ato-politico/

O USO DO CABELO NATURAL COMO ATO POLÍTICO


A ditadura do cabelo liso é uma construção social e não um gosto, uma opção individual de quem quer mudar ou de quem realmente acha mais fácil e bonito ter um cabelo desse tipo.
Essa construção social nasce enraizada ao preconceito racial e passa a fazer parte da destruição da autoestima das meninas negras, que se tornam mulheres que nem conhecem seu verdadeiro cabelo por, desde cedo, terem aprendido a negá-lo.
Cabelo longo está associado à feminilidade, assim como cabelo “ruim” está associado à negritude. São construções sociais tão repetidas que a gente passa a ver essas associações como naturais. As atitudes racistas direcionadas ao cabelo crespo estão tão naturalizadas que as pessoas se sentem muito confortáveis em chamar um cabelo de “duro” ou “ruim”, para se referirem ao cabelo mais crespo, daqueles que não formam cachos.
Mas, o que estamos vendo hoje é o grande movimento de mulheres negras, retornando ao cabelo crespo natural e o que isso significa? Moda? Escolha? Revolta? Ato político? Auto Afirmação?
Todas as respostas, exceto a primeira, estão corretas. Claro que a mídia, responsável pela manutenção da construção social do liso, vai dizer e repetir que é moda, que um dia vai passar, que é estilo e que podemos escolher alisar amanhã ou semana que vem. Mas NÃO, nós dizemos não a mais essa manipulação de um movimento que é nosso e que revela o nosso basta, para séculos de imposição de uma beleza que não nos pertence, que nos mutila, que nos mata, que nega nossos direitos.
Revoltamos-nos sim, com a crueldade de nos ensinarem que quem somos não presta, que nascemos fora do padrão, que não somos seres adequadas, com nossos cabelos, para bons empregos, boas festas e que devemos passar por seções e mais seções de torturas para entrarmos nesse padrão e sermos aceitas socialmente.
Com o advento da internet e das redes sociais, bem como das mídias alternativas, mulheres negras têm a oportunidade de trocarem experiências, de fortalecerem umas as outras nesse movimento de retorno as suas raízes capilares. No artigo, escrito com Ivy Guedes faço uma análise desse movimento, partindo da análise do grupo que modero no facebook, o Vicio Cacheado. Analisamos o quanto um grupo pode ser referência na vida de mais de 28 mil mulheres e o quanto esse momento e movimento tem se tornado histórico.
Realizamos encontros mensais em Salvador/Bahia onde colocamos as discussões em torno do que significa assumir seu cabelo natural, o que muda em sua vida a partir desse momento em que você encara uma entrevista de emprego com seu cabelo no alto, armado, ouriçado. Isso é Ato Político. Por que o seu cabelo fala por você e ele diz bem claramente que nós ESCOLHEMOS, enfrentar o racismo de frente.
Em nossos encontros, através dos depoimentos, conhecemos as histórias dessas mulheres, histórias de dor, muito parecidas, pois todas, fruto do racismo, mas sempre com algum elemento particular ou peculiar, que nos emociona, nos deixam perplexas e nos fazem ter a certeza de que aqueles encontros, de que aquelas rodas de conversas mensais são um ato político. Apoiamos umas as outras, enxugamos suas lágrimas e trocamos palavras de força, de apoio e de resistência acima de tudo. Passar por esse processo é doloroso e revelador ao mesmo tempo por que muitas mulheres se descobrem lindas como nunca antes haviam imaginado ser e doloroso porque o racismo começa a se mostrar cada vez mais cruel a partir do momento que você o encara e diz NÃO para ele. Bell Hooks, em Alisando nosso Cabelo, nos lembra que esse mesmo movimento aconteceu nos EUA, nos anos 60 e 70, e também chegou ao Brasil lembram? Mas aqui, a discussão do político não existiu como existe hoje.
Nós queremos e pretendemos a revolução que Bell Hooks diz não ter acontecido nos EUA, mesmo com a influência do Panteras Negras, fazendo com que as pessoas voltassem a alisar seus cabelos.
Assumir e usar o cabelo crespo natural e se conscientizar de que esse seu ato é um ato político, pois ele enfrenta todo um sistema racista e sexista. Revelar para esse sistema que ele está com os dias históricos dele contados. Esse é o papel de quem trabalha e escreve diariamente para esse movimento, fortalecer nossas lutas pelo retorno e manutenção de quem somos, de nossas raízes.
Assim, vamos descolonizar as mentes, fazer histórias para os mais novos que virão e essa palavra MODA não vai existir mais nem em nosso imaginário.
É lindo todo esse movimento e eu me sinto cada vez mais fortalecida e grata por fazer parte dele trabalhando ativamente.
Espero que todas e todos se conscientizem disso e não reproduzam Moda, dentro do nosso movimento.
 
Imagem destacada: Miss Black Power/ RJ – Mercado Di Preta

MODA - Social

O Atlas da beleza - trabalho fotográfico

http://adoromaquiagem.com.br/tendencias/mulheres-no-brasil?utm_source=outbrain&utm_medium=ros&utm_campaign=adoro_maquiagem&utm_content=publieditorial&utm_term=mulheres-no-brasil


A beleza feminina se manifesta das mais diferentes formas. É isso o que a fotógrafa Mihaela Noroc
quis mostrar ao viajar durante dois anos retratando mulheres anônimas das mais diversas partes do mundo.
Batizado como “The Atlas of Beauty” (em tradução livre, “O Atlas da Beleza”), a romena de 29 anos
já percorreu mais de 37 países para clicar a beleza de mulheres reais.
“Muitas mulheres que fotografei não se consideram tão bonitas como realmente são”,
diz a fotógrafa em entrevista exclusiva ao “Adoro Maquiagem”.
Mihaela Moroc
Mihaela Noroc viajou por dois anos para retratar as mais diferentes belezas femininas
 
 
Entre os cenários escolhidos por Mihaela estão a Floresta Amazônica e as favelas brasileiras do Rio de Janeiro,
o maior templo budista de Myanmar, na Ásia, e as áreas mais nobres de Oxford, na Inglaterra, Nova York,
nos Estados Unidos, e Sydney, na Austrália. As imagens captadas durante as andanças da romena
pelo mundo também são compartilhadas em seu Tumblr.
 
A ideia do projeto surgiu depois que Mihaela largou o trabalho e saiu pelo mundo com a câmera
na mão. A vontade era mostrar que a beleza está em todo lugar. Por isso, ela encontra as personagens
de suas fotos ao andar pelas ruas ou navegando pelas redes sociais. 
 
Para continuar o projeto, a fotógrafa criou uma campanha virtual com o intuito de arrecadar
fundos que financiem suas viagens. Com isso, ela pretende voltar
ao Brasil, onde esteve ano passado durante a Copa do Mundo. Confira a entrevista.
 

“Gostei muito do amor pela vida, pela

dança e pelas cores das mulheres brasileiras.”

 

Mihaela MorocMihaela MorocMihaela Moroc
Adoro Maquiagem – O que mais chamou sua atenção na mulher brasileira?
Mihaela Noroc - O Brasil é um pais muito interessante pela sua grande diversidade. Infelizmente,
não tive tempo suficiente para descobri-lo. O único lugar que visitei foi o Rio de Janeiro. 
Uma coisa que notei e gostei muito durante minha curta estadia foi o amor pela vida,
pela dança e pelas cores das mulheres brasileiras. Isso falta em outras partes do mundo.
 
AM – Você acha que as mulheres brasileiras têm uma relação melhor com a beleza do que as outras?
MN - Cada país e cultura têm suas próprias características. Isso nos faz diferentes
e originais e não devemos tentar ser algo que não somos. Percebi que as mulheres
no Brasil são as mais confiantes. Adoraria ver isso em outras partes do mundo.
 
Adoro Maquiagem – Como foi a experiência de fotografar as mulheres brasileiras?
MN - Fiz muitas fotos interessantes no Rio de Janeiro. O cenário é realmente especial e tentei 
ao máximo ir em diferentes locações. Fui em Tavares Bastos, Lapa e Copacabana e gostei muito.
Mihaela MorocMihaela MorocMihaela Moroc
Adoro Maquiagem – Você acha que o projeto vai ajudar as mulheres a valorizarem ainda mais a beleza real delas?
MN - Realmente espero que sim. Fico feliz quando paro alguém na rua e peço para
fotografá-la para meu projeto. Elas ficam surpresas.
Muitas mulheres que fotografei não se consideram tão bonitas como realmente são.
A verdade é que a beleza está relacionada ao fato de a mulher se
sentir assim e nós devemos valorizar nossa singularidade e autenticidade. 
Mihaela MorocMihaela Moroc
 
Fotos: Mihaela Noroc

HORTA - idéias maravilhosas


https://www.facebook.com/casapop/photos/a.410290739006523.78516.346640445371553/669412843094310/?type=1&theater

Não é preciso muito espaço para fazer uma horta. Olha que charme estes vasos coloridos colocados na parede da varanda.
#inspiração #decoração

www.casapop.com.br
 — com Leidy Cristian Miranda.

MODA - Tipos de colares para cada decote