segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Festa de Nossa Senhora da Boa Morte

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Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte

A festa da Boa Morte é uma das mais autênticas manifestações da cultura afro-brasileira. Na primeira quinzena de agosto, a Irmandade a Boa Morte percorre as ruas de Cachoeira. As mulheres negras, bastante simples e orgulhosas, exibem vestes e joias, enquanto entoam cânticos para a padroeira. 

A história da confraria religiosa da Boa Morte começa na época de importação de escravos para o Recôncavo canavieiro da Bahia, em particular para a cidade de Cachoeira. Por ser constituída apenas por mulheres negras, a irmandade ganhou notável fama, seja pelo que expressa do catolicismo barroco brasileiro, seja pela incorporação aos festejos propriamente religiosos de rituais profanos pontuados de muito samba e comida. Para ingressar na irmandade é necessário ter mais de 40 anos, ser ex-escrava ou descendente de escravos. Após 4 anos é que torna-se irmã. 

Os atos litúrgicos originais da Irmandade de cor da Boa Morte eram realizados na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, templo frequentado pelas elites locais. Posteriormente, as irmãs transferiram-se para a Igreja de Santa Bárbara, de onde se mudaram para a bela Igreja do Amparo. Daí saíram para a Igreja Matriz, sede da freguesia, indo depois para a Capela D`ajuda. 
Estudiosos acreditam que a confraria exista desde 1820 – 68 anos antes da abolição. O culto religioso, que na época era secreto, hoje termina em festa profana, com samba-de-roda até o dia amanhecer. Durante este período da festa, Cachoeira recebe cerca de 60.000 pessoas. É um perfeito sincretismo religioso, onde povos de todas as raças se encontram para um ato de devoção e fé. 

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