segunda-feira, 25 de novembro de 2013

MULHER NEGRA - conjunção perversa

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=229865&id_secao=1


22 de Novembro de 2013 - 10h56

Debate mostra conjunção perversa contra mulher negra 



Mais de 60% das mulheres assassinadas no Brasil entre 2001 e 2011 eram negras. O dado, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi citado na abertura das Quintas Femininas, promovido pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado e pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (21), que debateu a violência contra a mulher negra. 



Debate mostra conjunção perversa contra mulher negraAs mulheres negras sofrem racismo e discriminação nos serviços públicos, principalmente  no atendimento médico.
Ao longo da discussão, especialistas na questão destacaram o fato de as mulheres negras, além de terem de enfrentar situações cotidianas de opressão, ocuparem os lugares mais desfavoráveis na estrutura social e econômica do país.

Mônica Oliveira Gomes, que representou a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), destacou os obstáculos no acesso a postos profissionais e à renda igualitária do trabalho. Ela também mencionou situações de discriminação até mesmo na utilização dos serviços públicos, a seu ver um problema que revela a existência de racismo institucional no país, e não apenas o reconhecido racismo interpessoal.

“A instituição também tem responsabilidade sobre o dano que aquela funcionária ou aquele funcionário venha a causar a quem foi discriminado”, afirmou.

A palestrante citou recente estudo do Ipea segundo o qual os negros ganham 36% menos que os brancos, mesmo possuindo a mesma qualificação. Quando se observa apenas a remuneração das mulheres negras, a diferença com os ganhos dos brancos sobe para 40%.

Conjunção "perversa"

De acordo com Mônica, as mulheres negras permanecem na “base da pirâmide”, mesmo possuindo mais anos de estudo e maior qualificação. A seu ver, a discriminação por gênero se soma ao racismo numa conjunção “perversa”.

Mônica observou que inicialmente o movimento feminista se recusava a discutir a questão racial como um fato específico dentro da questão geral das mulheres, por considerar que isso apenas dividiria a luta. Porém, sem prejuízo da aliança entre as feministas, salientou que agora já se reconhece que a opressão atinge de forma diferente as mulheres negras.

Na opinião da representante da Seppir, o termo “violência simbólica” é insuficiente para traduzir situações vividas pelas mulheres negras que as levam a adoecer, quando não é o caso de morte. E salientou a “tríplice discriminação”, quando se tratam de mulheres negras e também pobres.

Como exemplo, destacou o pior acesso aos serviços públicos de saúde, o que explicaria a maior taxa de óbitos entre as mulheres negras, especialmente a mortalidade materna. Segundo ela, as gestantes negras fazem menos exames pré-natais, essenciais para prevenir causas habituais de morte, como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares.

Até as consultas feitas seriam mais curtas, inclusive porque os médicos "preferem não tocar no corpo" das mulheres negras ou fazem os procedimentos de modo inadequado.

Violência doméstica

A pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) da Universidade de Brasília (UnB), Bruna Cristina Pereira, apresentou dados de estudo que resultou de sua dissertação de mestrado, intitulada "Tramas e Dramas de Gênero e de Cor – A violência doméstica e familiar contra as mulheres negras".

O estudo trouxe depoimentos de 14 mulheres negras de diferentes níveis sociais, mostrando que a cor da pele interfere no relacionamento com o parceiro, com a família e gera situações de violência.

Bruna exemplificou com o caso de uma das entrevistadas, identificada como Manoela (nome fictício), que já sofria discriminação quando ainda morava com os pais, por ser a mais escura entre as irmãs. Em casa, o pai a obrigava a executar tarefas domésticas, mas suas irmãs tinham outros deveres. E quando se referia a Manoela em conversa com a mulher, o pai a chamava de “essa sua neguinha”.

Manoela depois se casou com um homem mais negro que ela, mas que também a submetia a violências. Ele lhe dizia que mulheres brancas o desejavam e que tinha um caso com uma mulher branca.

Segundo a pesquisa de Bruna, há um modelo da mulher ideal, que não é a mulher negra, mas a mulher branca. Às mulheres mulatas ou pretas é atribuído um estereótipo de sexualidade sem virtude.

Bruna citou ainda o caso de Emília (também fictício), ativista do movimento negro que, em determinado momento, foi confrontada pelo companheiro com a afirmação de que “sabia que não deveria ter se casado com uma mulher negra, porque mulheres negras são vagabundas, são prostitutas”.

Bruna ressaltou ainda um ponto que a surpreendeu na pesquisa: a visão de que a “virtude” das mulheres pretas, diferentemente das mulatas, estava sempre relacionada ao trabalho. Havia, inclusive, parceiros que deixavam de trabalhar para serem sustentados pelas companheiras ou que as agrediam se elas deixassem de trabalhar ou se recusassem a sustentá-los.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado


sábado, 23 de novembro de 2013

MODA -Elegância nigeriana

MODA: ESTILO

Da moda a globeleza, a mulher negra e sua identidade apagada


http://juntos.org.br/2013/11/da-moda-a-globeleza-mulher-negra-e-sua-identidade-apagada/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+_juntos+%28Juntos%21%29

De acordo com a revista, para se chegar ao resultado, foi feito uma compilação de reportagem e listas publicadas em jornais, cinema e personalidade iconográficas. A revista assinala que a lista é passível de questionamento, no entanto ela destaca que tais mulheres são referencias explicitas da beleza feminina no século 20.
O que chama atenção nessa listagem não é o fato das mulheres eleitas terem, de acordo com a própria Bula, resistidos ao tempo e as máquinas de fabricarem modelos, mas é que todas, eu disse, todas, seguem o mesmo padrão de beleza: brancas, magras e extremidades delicadas, ou seja, um padrão eurocêntrico. A lista demonstra a predileção de um padrão de beleza socialmente criado (e reproduzido) durante séculos.
Não houve entre elas nenhuma representação de mulher negra, mas o porque disso é fácil de identificar.
É custoso citar 5 negras bonitas e famosas nos últimos cem anos. E sabem por que? Porque a mulher negra cabe o lugar da invisibilidade. Para a mulher negra não existe espaço na mídia como um todo, a menos que ela ocupe um lugar de subalternidade. Infelizmente, nos dias de hoje, a mulher negra ainda é vista como a Mulata Exportação, a mulata Globeleza (vejam bem, eu disse Globeleza e não Menina Fantástico, que foi outro concurso criado pela mesma emissora de TV), ela ainda carrega clichês como a sensualidade nata, o gingado natural às pessoas de cor. O lugar forjado para as mulheres negras na mídia é o protagonismo do racismo e do sexismo.   As referencias iconográficas relacionadas à figura de tais mulheres ainda aludem à marginalidade.
No dia 07 de novembro, uns grupos de 40 mulheres negras fizeram um protesto na Zona Portuária, em frente ao Píer Mauá, local da primeira noite de desfile do Fashion Rio.
O ato se deu devido à escassez de model@s negr@s nos casting de desfiles e a consequência foi a assinatura de um termo de compromisso por parte da empresa realizadora do evento e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que recomenda a cota de 10% de modelos negr@s nos desfiles. Porcentagem ainda ínfima se for pensar na parcela negra da população
O fato de existir ainda uma mídia excludente quanto a padrões de beleza diferentes daqueles estabelecidos e propagandeados pelas mesmas significa minimamente que a luta contra o racismo ainda tem muito que avançar na medida em que, ele inviabiliza a construção da identidade da mulher negra, fere sua autoestima e perpetua o racismo a partir do momento em que defende claramente o padrão de beleza branco, a prova disso está nos cinemas, nas novelas, no seriados. E dessa forma ela ajuda a incutir a inferiorização da mulher negra na sociedade.
No dia 20 de novembro comemora-se o dia nacional da consciência negra. O dia que rememora a luta de resistência do povo negro no nosso país. Nos dias atuais, a nossa luta por resistência se dá para que as mulheres negras saiam da invisibilidade e assumam o papel de protagonista da sua própria história e transformadora de sua realidade.
 Laila Resende é estudante de Psicologia e militante do Juntos! MG

Racismo: Um crime que se sente na pele

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA - 20 DE NOVEMBRO

http://www.unificado.com.br/calendario/11/con_negra.htm


Dia Nacional da Consciência Negra
Zumbi dos Palmares, o maior ícone da resistência negra ao escravismo no Brasil

Zumbi, símbolo da
resistência negra

     Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.
     O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.
     Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
     Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
     O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
     Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
     Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
     Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
     Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
     “Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.
Fontes: Dpnet.com.br
             O Dia On-Line
            Feranet21.com.br

20 de NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA



http://www.seppir.gov.br/novembro-mes-da-consciencia-negra

Ações do documento

Dia da Consciência Negra é feriado em 1.047 municípios

Comemorado em 20 de novembro, a data lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares e inspira, a cada ano, um número maior de atividades durante o mês, em todo o país
Um total de 1.047 municípios já decretou feriado para o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Comemorado em 20 de novembro, a data faz referência à morte do líder Zumbi dos Palmares, símbolo da luta pela liberdade e valorização do povo afro-brasileiro, e inspira a cada ano um número maior de atividades em torno de reflexões sobre questões raciais no país.

Confira aqui a lista completa dos municípios que decretaram o feriado.

Apesar de instituída pela lei nº 12.519/2011, a data comemorativa não é feriado em todo o país. Localidades como Alagoas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul optaram por decretar feriado em âmbito estadual. Nas outras unidades federativas, a decisão compete a cada município.

Em alusão à data, durante todo o mês de novembro são realizadas centenas de atividades com o objetivo de ampliar as discussões sobre os temas raciais, visando a expansão dos direitos conquistados pela comunidade afro-brasileira nos últimos anos.

Devido às conquistas no cenário nacional, as ações afirmativas estão entre os assuntos em destaque neste mês da consciência negra. Mas as atividades do período também abrem um amplo leque de debates em torno de temas como a prevenção da violência contra a juventude negra e a persistência da representação negativa da pessoa negra nos veículos de comunicação.

Zumbi dos Palmares
Zumbi nasceu em 1655, em Palmares, atual estado do Alagoas. Descendente de guerreiros Imbangalas, de Angola, foi aprisionado por uma expedição portuguesa e entregue aos cuidados do Padre Antônio Melo, que o batizou de Francisco. Com o religioso, aprendeu a escrever em português e latim.

Aos 15 anos, fugiu em busca de suas origens e voltou para o Quilombo dos Palmares, uma comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. Tornou-se líder da comunidade aos 25 anos, se destacando pela habilidade em planejamento, organização e estratégias militares. Sob seu comando, Palmares obteve diversas vitórias contra os soldados portugueses.

No ano de 1694, o quilombo foi atacado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Após o combate, a sede da comunidade ficou totalmente destruída. Zumbi conseguiu escapar, mas seu esconderijo foi denunciado por um antigo companheiro.

Em 20 de novembro de 1695, o líder negro foi capturado e morto, aos 40 anos de idade.
 

ÁFRICA - o tamanho continental

TRANÇAS - UM ESTILO

MAQUILAGEM -

sábado, 16 de novembro de 2013

Como evitar varizes e reduzir inchaço nas pernas

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/11/meias-de-compressao-podem-evitar-varizes-e-reduzir-inchaco-nas-pernas.html


Meias de compressão podem evitar

 

 varizes e reduzir inchaço nas pernas

 

No entanto, a indicação do uso dessas meias deve ser feita por um médico.
Para melhorar circulação nas pernas, é importante também fazer exercício.

Do G1, em São Paulo
29 comentários
Quando você tira os sapatos no fim do dia, suas pernas ficam com as marcas das meias? Essa situação é bastante comum e pode significar um inchaço, que é o resultado da falta de retorno venoso, ou seja, a dificuldade de o sangue subir e chegar ao coração.
Como explicou o cirurgião vascular Pedro Puech no Bem Estar desta quinta-feira (14), as pernas podem inchar por vários motivos, como problemas cardíacos ou renais, obesidade e principalmente por causa da dificuldade de bombeamento de sangue na panturrilha.
Segundo o ginecologista José Bento, alterações hormonais também podem aumentar o risco de varizes e inchaço nas pernas e, por isso, esses problemas são mais comuns nas mulheres. No entanto, para quem tem tendência, existem alguns fatores que podem diminuir o inchaço e até prevenir varizes, como as meias de compressão.
O ideal, porém, é comprar a meia apenas com a indicação médica e em lojas especializadas, que medem a circunferência do tornozelo, da panturrilha e das coxas. De maneira geral, a meia de compressão suave é usada para prevenir problemas como varizes e vasinhos; a média é indicada para quem já tem varizes ou trombose; já a meia de alta compressão ajuda a tratar inchaços muito fortes ou problemas linfáticos mais graves.
Além do uso da meia, atividade física, dieta com pouco sal e drenagem linfática também podem diminuir o inchaço nas pernas. O cirurgião acrescenta ainda que colocar as pernas para cima e movimentar a panturrilha caso o paciente fique muito tempo sentado ou em pé também são bons hábitos.
arte bem estar roupas de compressão (Foto: arte / G1)
Outros fatores que podem contribuir para o inchaço são a menstruação, que aumenta o estrogênio e diminui a eliminação de líquido pelos rins, e também a gravidez.
Segundo o ginecologista José Bento, além do inchaço, a grávida tem tendência também a ter varizes durante a gestação por causa da dificuldade do retorno do sangue para o coração.
Por isso, a dica do ginecologista para as grávidas é também usar a meia elástica, que ajuda a diminuir esse inchaço. Elas podem incomodar e esquentar, mas segundo o médico, são importantes para a saúde. Na reportagem da série 'Enquanto espero', o médico alertou também para o uso dos sapatos durante a gestação, que devem ser de salto baixo e confortáveis (confira no vídeo acima).
Vasinhos e Varizes (Foto: Arte/G1)
Dor na coluna
O Carnaval está chegando e muita gente já está se preparando para desfilar nas avenidas.
A repórter Natália Ariede foi a um ensaio em São Paulo e mostrou que muitas pessoas costumam sentir dores na hora de dançar. No caso da aposentada Raquel Custódio de Oliveira e da atendente Magna Carvalho, que são sedentárias e costumam fazer exercício só durante o Carnaval, a dor na coluna é o maior problema.
Com a ajuda de uma fisioterapeuta e do fisiatra João Amadera, elas começaram a tratar a dor. A Raquel fez uma infiltração, que é a aplicação de uma agulha na articulação com anti-inflamatório. Já a Magna teve que melhorar a postura para eliminar as dores, como mostrou a reportagem (veja no vídeo acima).
 

Mês da Consciência Negra - Imagem da Palavra - Parte 1 Conceição Evaristo, escritora, poetisa


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Novembro Azul - Atenção Homens.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=651995428155041&set=a.490612734293312.111683.486386814715904&type=1&theater

Cuidado! Alisamento SEM formol.

Aqui em Brasília, usam com o nome de: Hidratação profunda. Selagem, Cauterização. Botox Capilar. Blindagem. E uma dezena de nomes criativos. Mas sempre afirmam, que não tem formol. Graça Santos


http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/11/testes-comprovam-que-formol-ainda-e-usado-em-tratamentos-capilares.html

Edição do dia 03/11/2013
03/11/2013 23h12 - Atualizado em 03/11/2013 23h20

Testes mostram que produtos para alisar cabelos ainda liberam formol

Substância foi proibida pela Anvisa em 2009. Especialistas explicam que os produtos só alisam os fios porque, ao serem aquecidos, liberam formol.

 Promessas de escovas permanentes que deixam os fios mais bonitos sem fazer mal à saúde, e que seriam permitidas até para crianças e grávidas, são falsas.
O Fantástico faz outro alerta importante para as mulheres. Dessa vez, para aquelas que gostam de deixar os cabelos lisos.
Nas feiras de cosméticos, muitas ofertas de produtos revolucionários para deixar os cabelos mais lisos.
Fantástico: E não tem formol?
Representante: Não, não tem formol.
Representante: Você pode tá usando tanto em grávida quanto em criança.

Essas fórmulas vão parar em salões por todo o Brasil.
Fantástico: Mas sem formol alisa?
Salão: Alisa, às vezes até mais que uma com formol.
Salão: Essa aí não faz mal nenhum. É pronto pra criança. Até mulher grávida usa.
Salão: É que todo mundo procura porque pode fazer em grávida.
Confiando na palavra de fabricantes e cabeleireiros, consumidoras usam os produtos nelas próprias e até nas filhas pequenas.
O que o Fantástico mostra é um alerta:  as promessas de escovas permanentes que deixam os fios mais bonitos sem fazer mal à saúde, e que seriam permitidas até para crianças e grávidas, são falsas.
Por trás desses rótulos, estão substâncias que liberam o componente mais perigoso, e proibido,  em tratamentos nos cabelos. O formol está de volta. Só que agora, escondido.
Em 2009, a Anvisa proibiu a venda do formol em estado puro.
Justamente pra evitar que ele fosse usado para alisar cabelos. Mesmo assim, a substância tóxica continuou sendo aplicada nos salões, como o Fantástico mostrou em janeiro do ano passado.
O formol faz mal. Pode provocar diversos problemas de saúde, queimaduras no couro cabeludo, irritação no nariz e na garganta e até câncer, em casos extremos de intoxicação.
“As pessoas, depois de tanto usar formol indevidamente, depois de corretamente as autoridades sanitárias proibirem formol, elas sabem que ele é perigoso”, destaca o professor de química da UFRJ Daniel Barreto.
Pra driblar essa proibição do formol e reconquistar a confiança das consumidoras, começou uma correria dos fabricantes atrás de um substituto. E aí entraram em cena novos produtos, vendidos como a solução mágica para ter cabelos lisos e sedosos sem causar danos à saúde.
Foi o que nossa equipe ouviu em salões no Rio de Janeiro e numa das maiores feiras de cosméticos do Brasil, em Belo Horizonte.
Representante: Não tem formol e nem derivados! E pode ser feito em cabelos de criança, lactantes e mulheres grávidas!
Os novos tratamentos, que não são chamados de alisamentos, recebem diversos nomes: redução de volume, domador de cachos, alinhamento dos fios, máscaras hidratantes e até botox capilar.
Num estande, o produto é aplicado numa menina de dez anos.
Representante: Está ardendo o olho? Pode falar, está ardendo o olho? Está com vergonha? Não? Então fala, não tá ardendo o olho!
Num outro, um cartaz anuncia: a perfeição do liso sem formol para crianças e grávidas.
Mas qual o segredo por trás desse liso? O Fantástico comprou alguns dos produtos mais procurados no mercado com essa finalidade.
Sete produtos foram testados pela faculdade de farmácia e pelo Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Depois de dois meses, tivemos os resultados e eles são preocupantes.
“A gente, como profissional, a gente tem que confiar em quem, então?”, questiona uma cabeleireira.
Teste nas marcas
O formol, que é perigoso pra saúde, está escondido, disfarçado. É o que mostra um teste encomendado pelo Fantástico.
Salão: “Não causa irritação, não é igual ao formol, tá?”.
Mas os testes feitos a pedido do Fantástico mostram que não é bem assim.
Durante dois meses, vários produtos que prometem alisar, hidratar, diminuir os cachos, reduzir o volume do cabelo foram testados no  laboratório da UFRJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro. E os resultados são assustadores.
“Alguns fabricantes eles acrescentam substâncias que, quando aquecidas, com chapinha ou secador, liberam o formaldeído, que é o formol na forma gasosa”, explica a professora de oxicologia Nancy dos Santos.
A doutora da UFRJ conduziu os testes com produtos de sete marcas. São elas: Duetto, Gk hair, Inoar, Ky charme, Lola cosmetics, Salvatore e Santini.

A Salvatore, fabricante do Blue Gold, entrou com uma medida judicial, proibindo que o Fantástico divulgue o resultado da análise do seu produto.
Quanto aos outros 6 produtos que dizem não conter formol, o teste comprovou: só alisam os fios porque, ao serem aquecidos, liberam formol!
“Dá a impressão pro consumidor que ele está livre dos riscos do formol, o que não é verdade”, explica  a professora.
Vamos entender o que acontece. O produto, quando é passado nos fios, de fato ainda não tem formol. Ele vai penetrando nos cabelos durante o tempo de espera recomendado pelos fabricantes. Mesmo que o cabelo seja enxaguado após a aplicação, os fios já absorveram os componentes. Quando as mechas recebem o calor do secador e da prancha, o produto sofre uma reação química.
O aquecimento provoca uma quebra, uma decomposição dos componentes, liberando o formol que estava escondido dentro deles. Por isso que as empresas indicam o uso do secador e da prancha.
Loja: Você secou, é pranchar mecha por mecha.
Só assim o formol vai aparecer e dará o aspecto liso.
“Se você aplica o calor num creme, num produto que está no cabelo, você vai liberar mais formol. Se você aplica num cabelo enxaguado, você vai liberar menos formol. Mas vai liberar formol”, explica o químico Daniel Barreto.
O teste também mediu a quantidade de formol liberado depois do aquecimento.
O resultado:os produtos de seis marcas geraram formol, em níveis superiores ao estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.
São várias as substâncias químicas que podem liberar formol. A que tem sido mais usada pela indústria cosmética se chama ácido glioxílico.
Três produtos analisados pela UFRJ contêm este componente.
Salão: O ácido glioxílico veio exatamente pra isso, pra substituir o formol com mais naturalidade.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária alerta: Se tiver escrito ácido glioxílico, não use o produto.
O ácido glioxílico, e outras substâncias que produzem formol, são difíceis de reconhecer. Isso porque elas não têm o cheiro característico do formol. Muitos dos vendedores usam isso como propaganda.
Salão: A nossa realmente não tem formol. Você vê pelo cheiro.
Salão:Tem cheiro de fruta, não tem?
“Eles exageram no perfume com fragrâncias que consigam mascarar”, explica o químico.
E atenção aos sinais de incômodo durante o uso.
“Observar se tem lacrimejamento, irritação dos olhos, ardência na garganta, tosse”, destaca a professora.
Se os riscos do formol já são grandes, eles aumentam para crianças e grávidas.
Veja a orientação que uma cabeleireira dá para nossa produtora.
Salão:Se ela passar mal para ter bebê, já tá com oito meses, já está aí pra nascer, entendeu? Sem problema. Depois nasce, fica legal...
“O risco de prematuridade é um risco gravíssimo associado com uma série de outras complicações, como por exemplo, a própria paralisia cerebral, complicações fetais e pro recém-nascido, tão graves como a má formação”, destaca o obstetra Paulo Nassar.
Loja: Não tem nenhuma contra-indicação, não tem cheiro forte. Qual a idade?
Fantástico: Nove.
Loja: Pode usar, não tem problema.
“A pele da criança é mais fina do que a pele do adulto, então isso favorece uma maior absorção das substâncias que são aplicadas nele”, diz a pediatra Kerstin Taniguchi.
Uma mãe achava que tinha escolhido um tratamento seguro para filha. Ficou indignada quando soube do resultado do teste.
“Um absurdo. Já pensou se acontecesse alguma coisa? Tinha que correr para o hospital, e daí?”, diz a mãe Josiane Barbosa.
Revolta também de uma cabeleireira, que passa o dia inteiro exposta a vapores desses produtos.
“Eu sou lesada duas vezes. Eu leso e estou lesando a cliente que está pagando”, diz Andrea Ferreira.
A Anvisa prometeu mais rigor na fiscalização.
“Os fabricantes com certeza eles vão sofrer todas as penalidades previstas em lei. Esse estudo da UFRJ é mais um estudo pra ser somado aos que nós já temos avaliados”.
Os cremes e as mascaras que alisam estão registrados de forma incorreta, segundo a Anvisa.
A agência classifica os produtos em duas categorias.
Os de grau 1 são aqueles que não oferecem risco e não precisam passar por testes de segurança.
Os de grau 2, que incluem todos os produtos destinados a crianças, precisam desses testes.
Os produtos que liberaram formol foram registrados como grau 1. Mas de acordo com a Anvisa, deveria ser grau 2.
“O fabricante burla a regulamentação sanitária, burla a informação que tem que prestar à Anvisa com relação à regularização do produto e propõe um uso indevido. É uma enganação pra população”, completa.
A Ranay, que comercializa o Realing, afirmou, em nota, que o produto é um realinhador capilar e que não cabe à empresa questionar as normas da Anvisa sobre o grau de registro.
E não se manifestou sobre o fato de seu produto liberar formol quando aquecido.
A marca Duetto super cosméticos, da RN, também não comentou a liberação de formol. Em nota, disse que não utiliza substâncias não aprovadas pela Anvisa.
Outra marca testada, a Inoar, que vende o Apple Jelly, afirma que o ácido glioxílico se transforma em outra substância, não em formol.
A Gk Hair Professional disse que repudia a afirmação de que o produto libera formol.
A Lola Cosmetics foi procurada por telefone, mas não quis se manifestar.
Nossa equipe não encontrou o fabricante do produto ultravioleta, da Ky charme.
Ligamos para o telefone disponível no site da empresa, mas a pessoa que atendeu disse que não é responsável pelo produto e se recusou a dar o contato do fabricante.
“Eu não posso passar o telefone de uma pessoa que não me autorizou a te dar o telefone. Já entrei em contato e ele disse o seguinte: o produto está em perfeitas condições de trabalho”, disse.
Esta foi a única fórmula em que o formol líquido já estava presente, antes mesmo do aquecimento.
“Encontrei formol em concentrações acima daquelas permitidas pela Anvisa, que é de 0,2%. Que é a quantidade necessária apenas para conservar o produto.Esse produto ele apresentou 0,9% de formol”, destaca.
Atenção, mulheres: desconfiem sempre de tratamentos definitivos. Na dúvida, não arrisque, como a Josiane vai fazer a partir de agora.
Joseane: Vai ficar com os cachinhos dela.
Fantástico:O que foi, por que você tá reagindo assim?
Filha - Não quero cachinho.
Fantástico - E se você ficar dodói?
Filha - Aí vou ter que parar de fazer mesmo...
“Produto que tem o efeito do liso permanente não tem mágica. Ele vai ter esse tipo de química que vai atuar e vai liberar formol. Não tem mágica”, disse o químico.

MODA E ESTILO