segunda-feira, 26 de novembro de 2012

SAÚDE - CÂNCER DE PRÓSTATA



Um refrigerante por dia aumenta risco de câncer de próstata

26 de novembro de 2012 17h06 atualizado às 18h24
Homens que consomem o equivalente a uma lata de refrigerante por dia estão sujeitos a um risco maior de desenvolver câncer de próstata, segundo um estudo sueco divulgado nesta segunda-feira. "Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior", disse uma das autoras do estudo, Isabel Drake.O estudo, que será publicado na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition, baseia-se no acompanhamento de mais de 8 mil homens da região da cidade de Malmö (sul da Suécia), com idade entre 45 e 73 anos, durante uma média de 15 anos. Todos anotaram minuciosamente os alimentos e bebidas que ingeriram.Aqueles que beberam um refrigerante (330 ml) por dia estiveram 40% mais propensos a desenvolver câncer de próstata, necessitando de tratamento. Além disso, aqueles que tiveram uma dieta rica em arroz e massas apresentaram 31% mais chances de desenvolver formas mais benignas do câncer. Este risco foi aumentado em 38% para aqueles que ingeriram grandes quantidades de açúcar no café da manhã, relatou a pesquisadora.Estudos anteriores já haviam indicado que os chineses e os japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolveram câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.Uma pesquisa aprofundada sobre a resposta a diferentes dietas de acordo com a genética torna possível "adaptar as recomendações em termos de comida e bebida para certos grupos de alto risco", considerou Drake.
AFP
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CONSUMIDOR NEGRO



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Em novembro 23, 2012 Autor Da Redação Categoria(s): Mundo

Revista dos EUA para negras investe em eventos para aumentar receita

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Voltada a mulheres da classe AA, ‘Essence’ tem 1,05 milhão de assinantes. Nicho afro é disputado por mais de 100 publicações nos EUA

Cori Murray, diretora de entretenimento da 'Essence' (Foto: Divulgação)Cori Murray, diretora de entretenimento da
‘Essence’ (Foto: Divulgação)
Em um nicho disputado por mais de 100 publicações voltadas a afro-americanos e com anuciantes muitas vezes sem disposição de anunciar apenas para o público negro, a estratégia da revista “Essence” é dividir o financiamento entre eventos culturais, publicidade e os 1,05 milhão de assinantes.
“Temos três eventos voltados a assinaturas: Black Women in Music (Mulheres Negras na Música), Black Women in Hollywood (Mulheres Negras em Hollywood) e o ‘Essence’ Music Festival. Eles ajudam a manter nosso lugar no topo de marca de mídia”, diz diretora de entretenimento da revista, Cori Murray, em entrevista, por e-mail, ao G1.
Apesar de ser uma publicação voltada a um nicho bem específico – mulheres negras da classe AA – a “Essence” é lida por 60% das mulheres negras do país, segundo Cori, alcançando 8 milhões de pessoas por mês.
Segundo a diretora, a promoção de eventos tem sido uma estratégia eficaz para manter essa fatia uma vez que, se por um lado, a revista reforça sua mensagem de empoderamento da comunidade negra americana e agrega poder à marca, por outro também consegue trazer receita ao negócio e garante a base de assinantes essencial para atrair a publicidade.
Os anúcios, segundo ela, vêm principalmente da área da beleza, com produtos ligados ao cuidado dos cabelos e da pele, perfumaria, unha e maquiagem. Em seguida vêm a indústria automoblística, da moda e farmacêutica.
Nicho de mercado
Ser uma revista de nicho, no entanto, também afasta as marcas que não querem se ligar a negros ou a classe a alta. “Há marcas e celebridades que não querem ser compartimentadas em uma revista AA. Eles veem seu produto como mais global ou “além do negro” e não querem aparecer na nossa revista”, afirma Cori, que participou da última edição da Feira Preta, em São Paulo.
Para ela, a vantagem deste tipo de revista é que a população negra pode se ver retratada. “Servimos a uma audiência que não se vê regularmente em meios impressos, TV ou filmes”, diz, citando que apenas duas das 40 revistas americanas voltadas ao público feminino são voltadas às negras. “Se você é uma mulher negra de pé em frente a uma banca procurando um reflexo de si mesma, você só terá a ‘Essence’”, diz.
Cori acha, por exemplo, que a revista contribui para a redução do uso de químicos pela negras americanas para alisar os cabelos ou desgastá-los na busca de que os fios se tornem o que não são. “Tentamos fazer nossos leitores celebrar sua beleza natural e seu cabelo. Temos escrito diversas reportagens mostrando aos leitores como fazer para manter os cabelos bonitos”, afirma.
A “Essence” faz parte do mercado de cerca de 100 publicações dos EUA voltadas para o público afro-americano, segundo dados de 2003 da ONG MPA (Associação do Meio Revista), uma ONG que reúne 175 editoras americanas. É um nicho que tem publicações tão específicas quanto a “African American Golfer’s Digest”, voltada para afro-americanos fãs de golf. Ou a “The Black Collegian Magazine”, focada nos estudantes universitários negros, a “Target Market News Magazine”, que trata de marketing, negócios e propaganda para o consumidor negro, e a “Cuisine Noir Magazine”, sobre vinho e gastronomia para o público.
Quando fundada, em 1970, a revista foi a primeira nos Estado Unidos para mulheres negras, mas hoje compete com diversos outros títulos. O desempenho da “Essence” é ajudado pelos mais de 40 anos de existência da revista e a chancela do grupo Time, a qual ela pertence. Dono de revistas como “Time”, “Forbes” e “Sports Illustrated”, as publicações alcançam mais de 130 milhões de americanos por mês em papel, internet e dispositivos móveis, segundo a empresa.
Fonte: Instituto Mídia Étnica

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

NEGRO - SALÁRIO MÉDIO DE NEGRO É 61% DOS DEMAIS



Salário médio de negro é 61% dos demais em SP, diz Dieese
19 de novembro de 201212h37 atualizado 12h47



Os negros com trabalho na região metropolitana de São Paulo ganhavam em média 61,7% do salário dos não negros, em 2011, de acordo com estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira. O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado na próxima terça-feira (20).

Na análise de horas trabalhadas, Salvador e São Paulo se destacaram pela maior desigualdade, com os negros recebendo 60,9% e 61%, respectivamente, do rendimento médio dos demais. Fortaleza (73,3%) e Porto Alegre (70,6%) apresentaram um valor maior, porém ainda muito abaixo da igualdade, de acordo com a pesquisa.

Para o Dieese, a situação ainda é mais discriminatória para mulheres negras. "Em todas as regiões analisadas, o rendimento médio real por hora trabalhada das mulheres negras ocupadas correspondeu no máximo a 58,3%, em Porto Alegre, e 58,6%, em Fortaleza, do valor auferido pelos homens não negros. No Distrito Federal e na Região Metropolitana de São Paulo, o valor da hora trabalhada das mulheres negras não representava 50% do recebido pelos homens não negros", afirmou o estudo.

Desemprego
A população negra também sofre mais com a falta de emprego. Segundo a análise, a proporção de negros entre os desempregados na maioria das regiões foi superior a 60%, exceto em Porto Alegre (18,2%) e São Paulo (40%). "A proporção de negros entre os desempregados é sempre superior à parcela de negros entre os ocupados e no conjunto da População Economicamente Ativa (PEA)", diz o Dieese.


Terra
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MODA - ESTILO



12/07/2010

'M.a.X It Down


Maxi Skirts are so in style right now and I’m in love with this trend!!! The good thing about owning a maxi skirt is that it is very versatile and it is perfect for layering and can be worn with pretty much anything. I decided to wear a lace black tank and a black and white striped belly shirt with mine with my khaki distressed JC’s Lita.









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Black N White Striped Shirt:H&M
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Photographer: Cofotography.blogspot.com


domingo, 18 de novembro de 2012

MinC e produtores culturais negros



Os editais do MinC para produtores culturais negros em debate

 

Em semana repleta de eventos da cultura afrodescendente, artistas discutem a medida e se dividem entre elogios e temores de ainda mais segregação

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Zózimo Bulbul, um dos principais ativistas do movimento negro na cultura brasileira Foto: Simone Marinho / Agência O Globo
Zózimo Bulbul, um dos principais ativistas do movimento negro na cultura brasileiraSimone Marinho / Agência O Globo
Rio - Desesperado com a falta de recursos, o imperador romano Vespasiano decidiu tributar o uso dos banheiros e cunhou a máxima “dinheiro não tem cheiro”. Como também escorre pelas mãos, dinheiro poderia até ser tomado por água, inodora e incolor que é. Mas dinheiro possui cor. É verde, quando dólar; é uma grana preta, quando alta. Mas nem todos veem a cor do dinheiro, em especial para custear a produção cultural. Ainda mais se forem negros.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, calcula que os produtores culturais negros recebam menos de um décimo do dinheiro incentivado (com origem no orçamento público ou em recursos de empresas deduzidos do imposto de renda) que banca as artes no país, cerca de R$ 1,2 bilhão por ano.
— Os projetos que os produtores negros mandam são muito poucos, porque o acesso aos meios são mais restritos. Quando conseguem formular projetos, não conseguem captar. Ninguém quer patrocinar. Eles não têm condição de obter patrocínio — justifica Marta, ao comentar a série de editais que lançará depois de amanhã para estimular a produção de artistas negros em todo o país.
Na data em que se comemora o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, 20 de novembro, feriado em 780 cidades, o Ministério da Cultura lança uma série de editais direcionada aos produtores e criadores negros, em cerimônia no Museu Afro Brasil, no Ibirapuera, em São Paulo, às 11h.
Com os editais, o Ministério da Cultura espera estimular a formação de novos escritores, elevar o número de pesquisadores negros e de publicações de autores negros, incentivar pontos de leitura de cultura negra em todo o país, premiar curtas dirigidos ou produzidos por jovens negros na faixa de 18 a 29 anos, investir em criação, produção e fazer com que artistas e produtores negros ocupem palcos, teatros, ruas, escolas e galerias de arte de todo o país.
A dificuldade de organizar programas relacionados à cultura negra é relatada por produtores de eventos que começam nesta semana no Rio, que incluem desde um festival de música a um encontro de cinema afro, ambos com convidados internacionais, passando por palestras na Bahia e em São Paulo com ícones da cultura negra mundial, como a historiadora norte-americana Angela Davis, famosa por suas ligações nos anos 1970 com o grupo radical Panteras Negras, e a missionária Bernice King, filha de Martin Luther King, o líder da luta pelos direitos civis nos EUA.
— Sou persistente. Bato na porta, não desisto. Como afrodescendente, se não me salientar, eu desapareço. Tenho de estar o tempo todo discutindo, debatendo. Se a Marta pegou o mote do ex-ministro Gilberto Gil de fortalecer a inclusão, só posso bater palmas para ela — diz o ator e cineasta Zózimo Bulbul, que organiza no Rio um festival de cinema com diretores da África e do Caribe que exibirá mais de 40 filmes.
Recém-engalanado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, por seu papel na valorização da cultura afro-brasileira, o pesquisador e compositor Nei Lopes, 70 anos, afirma que a exclusão dos negros nos “arraiás” da cultura é incontestável.
— Quando aparecemos um pouquinho, é sempre como objetos e não como sujeitos da produção cultural. O “povo da cultura”, os que se beneficiam dos bons patrocínios e sabem dos famosos editais, são, de modo geral, gente com boas relações familiares, que vêm de berço; e aí fica tudo mais fácil. Se você vai fazer um filme e o filho do dono do banco estudou com você no colégio ou a filha do grande empresário foi sua namorada, as possibilidades de suporte financeiro são milhões de vezes mais tranquilas — analisa Nei.
Discussão racial
Para quem teme a intolerância na discussão racial, Bernice King recebe prêmio e ministra palestra em São Paulo amanhã e terça. Para quem acha que falta radicalidade, Angela Davis faz conferência na quarta, na Universidade Federal do Recôncavo Baiano, em Cruz das Almas, com o tema “Gênero, raça e classe, tríade inseparável no empoderamento da população negra”.
Professor emérito da Escola de Comunicação da UFRJ, o escritor e comunicólogo Muniz Sodré, que lançou recentemente o livro “Reinventando a educação” e é tema de seminário em homenagem aos seus 70 anos, acredita que os editais em favor dos negros são necessários como forma de reparação.
— Sou baiano e outro dia fui dar uma palestra em uma universidade de lá. A política de cotas modificou a cor da audiência. Antes não era assim. Se deixar a política de financiamento público das artes na mão dos grandes produtores, eles vão querer tudo para eles. É assim que pensam. Acham que cultura negra é folclore, um dinheirinho ali para capoeira, outro para quilombola. Mas não para concorrer com eles, grandes produtores, no cinema, por exemplo.
O cineasta e pesquisador Joel Zito Araújo, cujo filme mais recente é “Raça”, a ser lançado em circuito em 2013, no qual mostra a rotina de cinco personalidades negras para abordar suas diferentes relações sociais em razão de renda, educação e atividades política e cultural, aponta a existência no panorama nacional do que chama de “censura branca”.
— Nossa estética é colonizada, ideologicamente branqueada. O branco é a unidade, representa o ser humano. O negro é o subalterno e o gueto. Quando bato na porta atrás de patrocínio, elogiam meus filmes, o papel que exerço etc., mas, na hora de liberar o dinheiro, nada — reclama.
Connie Lopes, diretora-geral do Back2Black, festival internacional de música com astros negros que ocorre de quinta a domingo na Estação Leopoldina, já na sua quarta edição, declara que foi muito difícil alinhavar cada uma delas:
— A questão do patrocínio é sempre complicada. Uma luta que se vence a cada ano. É um evento orçado em R$ 3,5 milhões, com 4 mil pessoas por dia na plateia e 2 mil pessoas na organização. No começo, quando falávamos que faríamos um festival voltado para a arte negra, torciam o nariz.
A crítica ao Back2Black é que a faixa de preços dos ingressos, entre R$ 75 e R$ 150, acabaria levando a uma plateia com mais brancos do que negros.
— Já houve até gente panfletando essa crítica na porta. Não acho o ingresso tão caro, mas nosso custo é. Estamos trazendo, por exemplo, um grupo (Jupiter Okwess International) de Kinshasa, no Congo, país arrasado pela guerra. O cachê não é alto, mas o custo da logística para trazê-los é absurdo. Já pensamos em criar algum tipo de cota social, algum tipo de ingresso mais barato para negros. Mas é difícil definir quem tem direito a isso — comenta Connie.
O cantor e compositor Seu Jorge, que lança esta semana o DVD “Músicas para churrasco vol. 1”, gravado no Dia da Consciência Negra de 2011, vê uma ponte se consolidando entre o drama mais profundo do passado e a situação redentora que projeta para o futuro.
— Há um negro em construção, uma coisa nova surgindo no Brasil. Se você reparar, os Três Poderes são representados por segmentos importantes do povo brasileiro. No Legislativo temos um nordestino, no Executivo, uma mulher e, no Judiciário, um negro. Sampleando o discurso de posse do Lula, o Brasil está se reencontrando com o Brasil. E o negro está se reconstruindo aí, na batalha por isso.
O medo da racialização
O sociólogo Demétrio Magnoli, autor do livro “Gota de sangue — História do pensamento racial”, no qual procura demonstrar que o “mito da raça foi um engano inventado”, é um dos principais oponentes da política de cotas.
— Os argumentos da ministra, risíveis, nem mesmo merecem contestação. As políticas raciais obedecem a uma doutrina de racialização e se valem dos mais diversos pretextos. A portaria ministerial nada tem a ver com um suposto preconceito contra produtores culturais “negros”. Ela se inscreve na lógica política que cria cotas raciais na graduação universitária (sob o pretexto de que estudantes “negros” têm desvantagens iniciais) e, agora, na pós-graduação, sob qual pretexto, mesmo? — critica.
Para Magnoli, os editais seguem a lógica que cria cotas no funcionalismo público e as estimula no mercado de trabalho, produzindo segregações raciais entre trabalhadores das mesmas faixas de renda “sob o incrível pretexto de combater desigualdades sociais”, diz ele.
O termo racialização surgiu na embate envolvendo a ação afirmativa e a política de cotas. Significa o reconhecimento da raça como elemento a ser pesado na distribuição de justiça e de bens ou privilégios de Estado em suas políticas.
O futuro secretário municipal da Cultura do Rio de Janeiro, Sérgio Sá Leitão, também tem dúvida sobre a eficácia dos editais:
— Há o risco de estimular a discriminação, em vez de combatê-la. Há outras formas de democratizar o acesso, promover a inclusão e valorizar a contribuição dos criadores afrodescendentes à cultura.
Os militantes do movimento negro rebatem as críticas à possibilidade de os editais produzirem mais segregação.
— Os perigos da racialização são muito menores do que o racismo brasileiro, que, apesar de o conceito de “raça” estar ultrapassado, está aí, existe e opera — analisa Nei Lopes.
A arte negra em destaque
Back2Black: Da próxima sexta a domingo, o festival reúne Lauryn Hill, Nneka, Martinho da Vila, Hugh Masekela, Naná Vasconcelos, Emicida, Gal Costa e outros na Leopoldina.
Cinema Negro: O 6º Encontro Brasil, África & Américas vai de quarta ao dia 29 no Centro Afro Carioca de Cinema, na Lapa.
Silas de Oliveira: Dona Ivone Lara, Monarco, Sombrinha e Dudu Nobre homenageiam o sambista, morto há 40 anos, terça no Imperator.
Para Zumbi: Amanhã, Farofa Carioca, Elza Soares, Cláudio Zoli e Gabriel Moura fazem show na Fundição.
Colaboraram Cristina Tardáguila e Leonardo Lichote


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/os-editais-do-minc-para-produtores-culturais-negros-em-debate-6759486#ixzz2Cd3d7baW
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dionne Warwick-That's what friends are for-legendado


Diário Preto episódio 11 - Seu Cabelo


CONSUMIDOR NEGRO



Consumidor negro: O emergente do emergente

fev 13, 2012 2 comentários por feirapreta
Fonte: Mas Pesquisa
Há mais de 11 anos realizamos pesquisas incluindo a variável “raça/cor”. Pra que isso? O tema da “moda” e o grande achado do mercado hoje, é falar a respeito da classe C. Incluindo ainda o grupo “D” como um “mercado emergente”. Ele já existia, mas não era percebido como hoje, como o carro chefe da economia.
Os órgãos de pesquisa da administração pública e acadêmica apontam que a população “não branca” é a grande massa que veio a engrossar essa nova classe média. Não só as transferências de renda do Governo Federal, mas também e, sobretudo pelo aquecimento da economia, que fez elevar a massa salarial da base da pirâmide com as seguintes conseqüências:
1 – aumento de emprego;
2 – aumento de emprego com carteira assinada;
3 – aumento real do salário mínimo;
4 – valorização da mão de obra da construção civil, produção e serviços domésticos.
Nem preciso citar todas as pesquisas e estudos para referendar minha tese. É só dar uma “googada” e pode-se rapidamente chegar as suas conclusões. Mas é fato que a grande massa de “não-brancos” está inserida nesse contexto. Sendo assim, se há uma classe “emergente”, a nova classe média – afirmo que os “não-brancos”, “pretos e pardos” ou “negros” representa aquilo que chamo de “emergente do emergente”.
Ao longo do tempo, o Instituto MAS Pesquisa tem realizado pesquisas sobre a temática o “negro”:
1. Do ponto de vista do empreendedorismo, temos a “Feira-Preta” onde realizamos a pesquisa de perfil do público.
2. Do ponto de vista regional/comercial, tenho realizado pesquisas na região oeste da GSP onde me permite, por exemplo, estabelecer qual a evolução de acesso a internet e o índice de matrícula no ensino superior e demais questões relativas a níveis de renda e potencial de consumo.
3. Do ponto de vista acadêmico, pesquisa de perfil dos pesquisadores negros do Brasil que estejam matriculados em programa do mestrado e doutorado.
4. Do ponto de vista da cultura e juventude temos as pesquisas desenvolvidas para o estudo da cultura Hip Hop e para isso dispomos do instrumento de duas pesquisas realizadas em 2008 e 2009 e que nos permite comparativos de dados ainda inéditos.
Uma grande massa de consumidores passa a fazer parte do mercado de consumo. E grande parte deles é o consumidor “não-branco” que passa a ser mais exigente, que tem dinheiro pra pagar, se orgulha disso, que quer ser bem tratado e está querendo maior atenção. Quem descobrir o que quer, o que pensa, o que deseja esse consumidor, estará a frente de um dos maiores filões de mercado jamais visto.
Destaque, Mercado Negro e Classe C e D

sábado, 10 de novembro de 2012

MODELOS NEGROS - FASHION WEEK



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 Modelos negros protestam contra falta de representação no FR

07 de Novembro de 2012 21h11 atualizado às 21h39
  1. Uma manifestação chamou a atenção no Píer Mauá no início da noite desta quarta-feira (7), no primeiro dia do Fashion Rio Foto: Daniel Ramalho / Terra Uma manifestação chamou a atenção no Píer Mauá no início da noite desta quarta-feira (7), no primeiro dia do Fashion Rio

    Foto: Daniel Ramalho / Terra
  2. Modelos passearam pelos corredores do Píer com o peito nu para cobrarem a participação de mais negros nos eventos da moda nacional Foto: Daniel Ramalho Modelos passearam pelos corredores do Píer com o peito nu para cobrarem a participação de mais negros nos eventos da moda nacional

    Foto: Daniel Ramalho
  3. Os manifestantes fazem parte do grupo Educafro (Educação para Afrodescendentes e Carentes) Foto: Daniel Ramalho / Terra Os manifestantes fazem parte do grupo Educafro (Educação para Afrodescendentes e Carentes)

    Foto: Daniel Ramalho / Terra
  4. O grupo sugere que pelo menos 10% dos modelos que desfilam para grifes nos eventos de moda sejam negros Foto: Daniel Ramalho / Terra O grupo sugere que pelo menos 10% dos modelos que desfilam para grifes nos eventos de moda sejam negros

    Foto: Daniel Ramalho / Terra
  5. "Já entramos inclusive com uma representação no Ministério Público. O Brasil é tão rico e miscigenado quanto mal representado", protestou  Moisés Alcunã, um dos coordenadores da Educafro Foto: Daniel Ramalho "Já entramos inclusive com uma representação no Ministério Público. O Brasil é tão rico e miscigenado quanto mal representado", protestou Moisés Alcunã, um dos coordenadores da Educafro

    Foto: Daniel Ramalho
  6. "Até parece um país nórdico", ironizou Marco Rocha, ator, que também participou do protesto Foto: Daniel Ramalho / Terra "Até parece um país nórdico", ironizou Marco Rocha, ator, que também participou do protesto

    Foto: Daniel Ramalho / Terra
Uma manifestação chamou a atenção no Píer Mauá no início da noite desta quarta-feira (7), no primeiro dia do Fashion Rio Foto: Daniel Ramalho / Terra
Uma manifestação chamou a atenção no Píer Mauá no início da noite desta quarta-feira (7), no primeiro dia do Fashion Rio

Foto: Daniel Ramalho / Terra

Fashion Rio revive tabu do racismo

terça-feira, 6 de novembro de 2012

SUBURBIA -


Suburbia retrata o universo da cultura negra e carioca

O diretor Luis Fernando Carvalho fala sobre nova série, que estreia hoje
    
31/10/12 às 18:25 Luiz Zanin Oricchio

(foto: Rede Globo / Estevam Avellar)
Uma garota pobre do interior foge de casa e vai tentar a sorte no Rio de Janeiro. Este, o ponto de partida de Suburbia, minissérie de Luiz Fernando Carvalho, que a Globo começa a apresentar na quinta-feira.
Conceição (Débora Nascimento e depois Erika Januza) vive com a família no interior de Minas e, depois de perder o irmão numa explosão da carvoaria, decide fugir de casa e ir para o Rio. É um peixinho fora d’água e, até decodificar as manhas da metrópole, sofrerá uma série de percalços, inclusive a prisão injusta.
Nessa série, o público encontrará muito do estilo de Luiz Fernando Carvalho, o cineasta festejado de Lavoura Arcaica e responsável por algumas das minisséries mais autorais da TV brasileira como Os Maias, Hoje é Dia de Maria, Capitu e A Pedra do Reino. Apuro visual, técnica refinada nos movimentos de câmera, etc. Mas notará, também, uma pegada realista e documental que não se via em suas obras anteriores.
Encontrará, também, um universo temático um tanto diferente dos habituais de Luiz Fernando Carvalho. Seu leque de interesse tem a cultura brasileira como ponto comum. Não por acaso, a grande maioria de sua obra é inspirada em autores famosos como Machado de Assis, Raduan Nassar e Ariano Suassuna. Em Suburbia, a parceria é com um autor contemporâneo, Paulo Lins, o mesmo de Cidade de Deus.
Paulo Lins, autor do romance que serviu de ponto de partida ao filme homônimo de Fernando Meirelles, um dos grandes sucessos do cinema brasileiro contemporâneo, é homem com vivência das favelas e da zona norte carioca. Local onde boa parte da história de Suburbia se desenrola. Além disso, a trama se inspira em uma vivência pessoal de Luiz Fernando Carvalho, como ele explica nesta entrevista.

Agência Estado — Primeiro, gostaria de perguntar sobre a formação do elenco. Aparentemente, você quis trabalhar com atores e atrizes menos conhecidos do público de TV. Como chegou a eles e por que fez essa opção? 
Luiz Fernando Carvalho —  As minhas anotações que deram origem ao seriado não eram ficção, vinham da realidade. Explico melhor: Betânia era uma mãe preta que tive por mais de 25 anos. Começou a trabalhar aqui em casa como faxineira, mas logo se tornou fundamental na minha vida, pela carga de afeto que nutríamos um pelo outro. Negra, analfabeta, mas cheia de vida e inteligência, vez por outra rememorava seu passado, sua trajetória de vida, fazendo isso com muita riqueza de detalhes, enquanto preparava meu almoço ou arrumava a casa. Eu ali, diante de tantas memórias fascinantes, um dia comecei a anotá-las sem ter a menor noção do que um dia faria com aquilo tudo. Essa premissa em forma de documento me norteou em termos de linguagem narrativa. Achei por bem evitar todo e qualquer artifício que tornasse aquele depoimento original alegórico, falso. Procurei me aproximar do registro documental, de uma narrativa e de uma câmera mais jornalística, dispensando, radicalmente, alguns acessórios de filmagem, todo aquele aparato técnico que a ficção oficial se apropria, como gruas, travelings, lentes especiais, etc. O mesmo foi buscado em relação à linguagem do texto e à escalação do elenco. A partir do momento que encontrei minha Conceição, acabei armando um quebra-cabeças comigo mesmo, no qual foi impossível continuar a pensar a escalação das outras personagens sem a ideia dos “não atores” ou atores desconhecidos.

Depois, gostaria que comentasse um dado da história, propriamente: a saída da menina Conceição do interior para o Rio de Janeiro. O que o atraiu nessa trama? O desejo de registrar uma realidade que é a de boa parte da população pobre