domingo, 25 de dezembro de 2011

Ações contra preconceito incentivam população a se declarar negra ou parda 
Correio Braziliense, Domingo, 25 de dezembro de 2011
 
No Censo de 2010, 55,9% dos entrevistados do DF se declararam pretos ou pardos, um crescimento expressivo em relação à pesquisa de 2000. Segundo especialistas, não houve redução no número de brancos, mas as ações afirmativas têm provocado mudanças

Helena Mader
Publicação: 25/12/2011 09:41 Atualização: 25/12/2011 18:15

O preconceito racial é um mal ainda enraizado no Distrito Federal, mas a sociedade brasiliense deu passos importantes rumo à igualdade na última década. Em 2000, quase metade dos moradores da capital se declararam brancos durante o Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, 49,1% dos entrevistados afirmaram ter a pele branca — entre eles, muitos negros constrangidos de declarar a própria cor. No último levantamento, feito em 2010, esse número caiu expressivamente. No ano passado, a realidade se inverteu: 55,9% dos candangos se declararam negros — pretos ou pardos — e apenas 42% dos brasilienses disseram aos pesquisadores que se viam como brancos.

Os números revelam mudanças significativas na sociedade. Para especialistas, a redução do percentual não representa uma queda no contigente de brancos em Brasília. Na realidade, parte dos pretos e pardos, que no passado se declaravam brancos, passaram a se identificar de outra forma para os pesquisadores do IBGE. As políticas afirmativas e as mudanças culturais estimularam essa alteração na identidade dos brasilienses. A mesma tendência foi observada nos dados consolidados do país e de vários estados brasileiros.

O total de negros na população supera em 15 pontos percentuais a quantidade de pessoas que afirmaram ser brancas. Mas a realidade dos pretos e pardos ainda é mais difícil do que a do resto da população. Os brancos ganham muito mais do que os negros, que se concentram principalmente nas cidades mais pobres do Distrito Federal. No Brasil, o rendimento médio mensal das pessoas brancas alcançou R$ 1,5 mil, enquanto o dos cidadãos pretos e pardos foi quase a metade: R$ 833 para os negros e R$ 844 para os pardos.

A antropóloga Natália Maria já fez pesquisas em que pessoas negras se declararam brancas: 'A resposta é menos consciente do que deveria ser' (Carlos Vieira/CB/D.A Press)
A antropóloga Natália Maria já fez pesquisas em que pessoas negras se declararam brancas: "A resposta é menos consciente do que deveria ser"


Em Brasília, a desigualdade é também geográfica. No Lago Sul, bairro com a maior renda per capita da cidade, 78,6% dos moradores afirmaram ao IBGE ser brancos. No Recanto das Emas e em Santa Maria, duas das regiões que concentram a maior parte dos brasilienses carentes, apenas 31% dos habitantes fizeram a mesma declaração. Nessas duas regiões de baixa renda, mais de 65% dos moradores disseram ser pretos ou pardos.

Ações afirmativas
A antropóloga Natália Maria Alves Machado, 24 anos, conhece de perto o motivo das distorções registradas nos últimos censos. Ativista do movimento negro, ela é integrante do Nosso Coletivo Negro e da Rede Mocambos. Como pesquisadora, já aplicou questionários e viu pessoas pretas se declarando brancas ou pardas. “O racismo ainda persiste, especialmente em situações que dependem do olhar externo, como o mercado de trabalho ou as abordagens policiais. A resposta nesses questionários ainda é menos consciente do que deveria ser”, conta Natália.

Para a antropóloga, as ações afirmativas tiveram papel fundamental na transformação da sociedade e refletiram nos números apurados pelo IBGE. “Hoje, há um respaldo simbólico. As pessoas se sentem mais à vontade para se declararem como negras. A cor da pele significa muito, representa um lastro étnico e cultural que interfere nos rumos da pessoa no mundo”, explica Natália. Mas, para ela, ainda é preciso avançar muito. “O principal, a partir de agora, é a manutenção e a ampliação das ações afirmativas, como a inclusão no ensino superior e na pesquisa”, finaliza a antropóloga, que fez parte da primeira turma que ingressou na Universidade de Brasília pelo sistema de cotas para negros, em 2004.

Entre todas as políticas afirmativas criadas na última década, o programa de inclusão nas universidades é apontado como uma das mais importantes e efetivas. Como o rendimento entre os pretos e pardos ainda é muito inferior, o melhor caminho para mudar essa realidade é a educação, especialmente com o aumento de negros no ensino superior, afirmam especialistas.

O professor da Universidade de Brasília Nelson Inocêncio, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da instituição, vê resultados positivos na luta por igualdade racial. Ele cita a eleição de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, como um exemplo das mudanças e defende a ampliação de políticas afirmativas. “É necessário entender que toda sociedade que se constitui de maneira desigual tem que ter política diferenciada”, justifica Nelson Inocêncio.

Ele explica que as mais efetivas ações para reduzir o preconceito no país começaram a ser implantadas depois da Conferência de Durban contra o racismo, realizada há 10 anos. “A declaração de Durban, da qual o Brasil foi signatário, representou o primeiro compromisso de combate ao racismo. Ali, começamos a desenvolver algumas ações importantes”, lembra o especialista. “Mas não bastam leis e ações, a sociedade tem que estar convencida de que não temos outra saída, de que precisamos de políticas afirmativas. O grande desafio é superar o mito da democracia racial. As relações entre brancos e negros sempre foram tensas e não podemos falar em democracia sem superarmos o racismo”, finalizou Nelson.

Mudanças
Ativista do movimento negro e dona do primeiro salão especializado em penteados étnicos, Graça dos Santos acompanhou de perto essas mudanças na sociedade. Há 20 anos, ela lembra, ninguém ousava ostentar um penteado estilo black power. “O cabelo tinha que ser esticado, sem nenhuma ondulação sequer. Mas, com o tempo, as pessoas se sentiram à vontade para se afirmar negras e, hoje, a maioria não nega mais a identidade, usando cabelos com tranças ou dreads, por exemplo”, comenta Graça.

Mas a empresária e ativista lamenta que o racismo ainda seja forte no Brasil e no Distrito Federal. Ela também luta por mais igualdade entre negros e brancos. “A maioria dos pobres e analfabetos é negra. Não houve políticas para atender a esse segmento da população. Investimentos em educação e ações afirmativas são as saídas para mudar essa realidade”, defende Graça.

Especialistas afirmam que uma das medidas mais urgentes para garantir a igualdade racial é a implantação da Lei Federal nº 10.639, de 2003. Essa legislação altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e torna obrigatório o ensino de história e cultura da África e das populações negras brasileiras nas escolas de ensino fundamental e médio de todo o país. No Distrito Federal, a lei ainda não é cumprida.

A secretária de Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal, Josefina Serra dos Santos, afirma que técnicos da pasta têm feito reuniões periódicas com representantes da Secretaria de Educação. A ideia é cumprir a Lei 10.369. “Brasília tem que ser referência na luta por igualdade racial. Ainda é difícil assumir que é negro no Brasil e somente com a educação será possível mudar essa realidade”, afirma Josefina. “A discriminação do dia a dia dói muito e acaba com a autoestima dos negros, por isso muitos preferem se declarar como brancos no questionário do IBGE. Mas a sociedade está mudando e acredito que o percentual de negros no próximo censo será ainda maior”, comenta Josefina.


Reconhecimento
A coleta de informações a respeito da cor e da raça dos entrevistados pelos recenceadores do IBGE tem como base a autodeclaração. Os pesquisadores não interferem no resultado, ou seja, são os participantes do censo que declaram ser pretos, pardos, brancos, amarelos, brancos ou indígenas.


Indígenas
O censo do IBGE mostrou que mais de 6 mil indígenas vivem hoje no Distrito Federal. Mesmo com um crescimento populacional de 25% no DF na última década, a quantidade de indígenas caiu tanto percentualmente quanto em valores absolutos. Em 2000, eles eram 7.154 e, em 2010, apenas 6.128.

sábado, 10 de dezembro de 2011

CORAL CECUNE - DEIXA MEU CABELO EM PAZ( FEIRA DO LIVRO PORTO ALEGRE 2010)

CABELO OPRIMIDO




Cabelo oprimido é um teto para o cérebro - Alice Walker

www.geledes.org.br 

Detalhes
Publicado em Terça, 12 Julho 2011 13:19
Por Alice Walker
Como muitos de vocês devem saber, fui aluna desta faculdade, há muitas luas. Eu me sentava nessas mesmas cadeiras (às vezes ainda com o pijama sob o casaco) e olhava para a luz que entra por estas janelas. Eu ouvia dezenas de palestras encorajadoras e cantei e ouvi música maravilhosa. Acho que sentia que ia voltar para falar deste lado do pódio. Acho que naquele tempo, quando eu estudava aqui, adolescente ainda, eu já pensava no que diria a vocês, hoje.
 Talvez os surpreenda saber que não pretendo falar (talvez até o período de perguntas e respostas) sobre guerra e paz, economia, racismo ou sexismo, ou sobre os triunfos e atribulações dos negros ou das mulheres. Nem sobre filmes. Embora os mais atentos possam ouvir em minhas palavras a preocupação por alguns desses assuntos, vou falar sobre algo muito mais perto de nós. Vou falar sobre cabelo. Não se preocupem com o estado dos seus cabelos neste momento.
Não fiquem alarmados. Não se trata de uma avaliação. Simplesmente quero compartilhar com vocês algumas experiências com nosso amigo cabelo, e espero entreter e divertir a todos.
 Durante um longo tempo, desde a primeira infância até a idade adulta crescemos física e espiritualmente (incluindo o intelecto com o espírito), sem que nos demos muito conta do fato. Na verdade, alguns períodos do nosso crescimento são tão confusos, que nem percebemos que se trata de crescimento. Podemos nos sentir hostis, zangados, chorosos ou histéricos, ou deprimidos. Jamais nos ocorre, a não ser que encontremos por acaso um livro ou uma pessoa capaz de explicar, que estamos em processo de mudança, de crescimento espiritual. Sempre que crescemos, sentimos, como a semente nova deve sentir o peso e a inércia da terra, quando procura sair da casca para se transformar numa planta. Geralmente não é uma sensação agradável. Porém, o mais desagradável é não saber o que está acontecendo. Lembro-me das ondas de ansiedade que me envolviam nos diferentes períodos de minha vida, sempre se manifestando por meio de distúrbios físicos (insônia, por exemplo) e como eu ficava assustada, porque não entendia como aquilo era possível.
 Com a idade e a experiência, vocês ficarão satisfeitos em saber, o crescimento torna-se um processo consciente e reconhecido. Ainda um pouco assustador, mas pelo menos compreendido. Aqueles longos períodos, quando algo dentro de nós parece estar esperando, contendo a respiração, sem saber qual será o próximo passo, com o tempo transformam-se em períodos esperados, pois enquanto ocorrem, compreendemos que estamos sendo preparados para a próxima fase da nossa vida e que provavelmente vai se revelar um novo nível de personalidade.
 Alguns anos atrás passei por um longo período de inquietação, disfarçado em imobilidade. Isto é, isolei-me do grande mundo a favor da paz do meu mundo pessoal, muito menor. Eu me desliguei da televisão e dos jornais (um grande alívio!), dos membros mais perturbadores da minha grande família, e da maioria dos amigos. Era como se eu tivesse chegado a um teto no meu cérebro. E sob esse teto minha mente estava extremamente inquieta, embora tudo em mim estivesse calmo.
 Como é comum nesses períodos de introspecção, contei as contas do meu progresso neste mundo. No relacionamento com a família e os antepassados eu agira respeitosamente (nem todos concordarão, acredito); no meu trabalho eu havia feito, usando toda a habilidade de que disponho, tudo que era exigido de mim; no relacionamento com as pessoas com quem convivo diariamente, eu agira com todo amor que podia encontrar no meu íntimo, Eu começava também, finalmente, a reconhecer minha responsabilidade para com a Terra c minha adoração do Universo. O que mais então eu devia fazer? Por que, quando eu meditava e procurava o alçapão de escape no alto do meu cérebro, o qual, nos outros estágios do crescimento, eu sempre tive a sorte de encontrar, só achava agora um teto, como se o caminho para me identificar com o infinito, o caminho que eu costumava trilhar, estivesse selado?
Certo dia, depois de ter feito ansiosamente essa pergunta durante um ano, ocorreu-me que, no meu ser físico, havia uma última barreira para minha libertação espiritual, pelo menos naquela fase: meu cabelo.
 Não meu amigo cabelo propriamente, pois logo percebi que ele era inocente. O problema era o modo pelo qual eu me relacionava com ele. Eu estava sempre pensando nele. Tanto que, se meu espírito fosse um balão, ansioso para voar e se confundir com o infinito, meu cabelo seria a pedra que o ancoraria à Terra. Compreendi que seria impossível continuar meu desenvolvimento espiritual, impossível o crescimento da minha alma, impossível poder olhar para o Universo e esquecer meu ego completamente nesse olhar (uma das alegrias mais puras!) se continuasse presa a pensamentos sobre meu cabelo. Compreendi de repente porque freiras e monges raspam as cabeças!
 Olhei no espelho e comecei a rir de felicidade! Tinha conseguido abrir a pele da semente e estava subindo dentro da terra.
 Então comecei as experiências. Durante alguns meses usei longas tranças (era moda entre as mulheres negras na época) feitas com o cabelo de mulheres coreanas. Eu adorava isso. Realizava minha fantasia de ter cabelos longos e dava ao meu cabelo curto e levemente processado (oprimido) a oportunidade de crescer. A jovem que trançava meu cabelo era uma pessoa que eu acabei adorando - uma jovem mãe lutadora; ela e a filha chegavam à minha casa às sete da noite e conversávamos, ouvíamos música, comíamos pizzas ou burritos, enquanto ela trabalhava, até uma ou duas horas da manhã. Eu adorava o artesanato dos desenhos criados por ela para a minha cabeça. (Trabalho de cesteiro! exclamou uma amiga, tocando a teia intrincada na minha cabeça.) Eu adorava sentar entre os joelhos dela como sentava entre os joelhos de minha mãe e de minha irmã enquanto elas trançavam meu cabelo, quando eu era pequena. Eu adorava o fato do meu cabelo crescer forte e saudável sob as "extensões", coma eram chamadas as tranças.
Eu adorava pagar a uma jovem irmã por um trabalho realmente original e que fazia parte da tradição do penteado dos negros. Eu adorava o fato de não precisar tratar do meu cabelo a não ser com intervalos de dois ou três meses (pela primeira vez na vida eu podia lavar a cabeça todos os dias, se quisesse, e não fazer nada mais). Porém, uma vez ou outra as tranças tinham de ser retiradas (um trabalho de quatro a sete horas) e feitas novamente (mais sete a oito horas); também eu não me esquecia das mulheres coreanas que, de acordo com minha jovem cabeleireira, deixavam crescer o cabelo expressamente para vender. É claro que essa informação me fez pensar (e, sim, me preocupar) sobre os outros aspectos de suas vidas.
 Quando meu cabelo atingiu dez centímetros de comprimento, dispensei o cabelo das minhas irmãs coreanas e trancei o meu. Só então renovei o conhecimento com suas características naturais. Descobri que era flexível, macio reagindo quase com sensualidade à umidade. Com as pequenas tranças girando para todos os lados, menos para onde eu queria que virassem, descobri que meu cabelo era voluntarioso, exatamente como eu! Vi que meu amigo cabelo, tendo recuperado vida própria, tinha senso de humor. Descobri que eu gostava dele.
 Mais uma vez na frente do espelho, olhei para minha imagem e comecei a rir. Meu cabelo era uma dessas criações estranhas, incríveis, surpreendentes, de parar o tráfego - um pouco parecido com as listras das zebras, com as orelhas do tatu ou os pés azul-elétrico do mergulhão - que o universo cria sem nenhum motivo especial a não ser demonstrar sua imaginação ilimitada. Compreendi que jamais tivera a oportunidade de apreciar o cabelo em sua verdadeira natureza. Descobrir que ele, na verdade, tinha uma natureza própria. Lembrei-me dos anos que passei agüentando cabeleireiros - desde o tempo de minha mãe - que faziam trabalho missionário nos meus cabelos. Eles dominavam, suprimiam, controlavam. Agora, mais ou menos livre, ele ficava todo espetado para todos os lados. Eu telefonava para todos meus amigos no país para relatar as travessuras do meu cabelo. Ele jamais pensava em ficar deitado. Deitar de costas, na posição missionária, não o interessava. Ele cresceu. Ficar curto, cortado quase até a raiz, outra "solução" missionária, também não o interessava. Ele procurava espaços cada vez maiores, mais luz, mais dele mesmo. Ele adorava ser lavado; mas isso era tudo.

Finalmente descobri exatamente o que o cabelo queria: queria crescer, ser ele mesmo, atrair poeira, se esse era seu destino, mas queria ser deixado em paz por todos, incluindo eu mesma, os que não o amavam como ele era. O que acham que aconteceu? (Além disso, agora eu podia, como um bônus adicional, compreender Bob Marley como o místico que suas músicas diziam que era). O teto no alto do meu cérebro abriu-se; mais uma vez minha mente (e meu espírito) podia sair de dentro de mim. Eu não estaria mais presa à imobilidade inquieta, eu continuaria a crescer. A planta estava acima do solo.
 Essa foi a dádiva do meu crescimento, no meu quadragésimo ano. Isso e saber que enquanto existir alegria na criação haverá sempre novas criações para descobrir, ou redescobrir, e que o melhor lugar para olhar é dentro de nós mesmos. Que a própria morte, sendo parte da vida, deve oferecer pelo menos um momento de prazer.
Fiz esta palestra no Dia dos Fundadores, 11 de abril de 1987, no Spelman College, Atlanta
Matéria original


Deixem meu cabelo em paz



boa aparenciaDo lado de lá o "padrão" é cabelo liso.
Do lado de cá "liso" é só mais uma opção
Seu cabelo pode ser:
Crespo, ruim, duro, selvagem, afro, dread, rastafári, com creme, sem creme, com babosa, com vaselina, com Henê, careca, cacheado, dourado, penteado, florido, cortado, longo, cheio, dolorido, alisado, vermelho, sarará, black power, armado, despenteado, encaracolado, comprado, comprido, mal tratado, bem tratado, expeço, ralo, grosso, fino, claro, falso, odiado, de aplique, natural, amarrado, amassado, armado, domado, amansado, de preto, de mulato, mestiço, danado, caído, loiro,aparado, trancado, anelado, descolorido, avermelhado, chato, sofrido, bem amado, moicano, raspado, branco, preto, grisalho, pixaim, repicado, com luzes, sem luzes, brilhoso, opaco, bom, de reco, do Pelé, de topete, ouriçado, amarrado, com faixa, com turbante,trançado, com anel, ondulado, de homem, feminino, masculinizado, desembaraçado, molinha, bom brill, para cima, peruca, com produto, hidratado, da Taís, de índio, sofrido, rebelde, com pasta, de chapinha, com bobe, de escrava, de negrão, com missanga, de bandido, carapinha e encarapinhado, africano, afrodescendente e diverso.
A diversidade faz a força
#cabelodenegro


Sugestão de leitura:

 Chimamanda Adichie: o perigo de uma única história

Cabelo oprimido é um teto para o cérebro - Alice Walker


Sugestão enquanto navega pelas imagens, deixar o vídeo tocando.










Fonte: As imagens foram pesquisadas no Google e em blogs e facebook de amigos. 
Obrigado!

Farufyno - Volume 1 - Deixa o Meu Cabelo em Paz



Tenho cabelo duro e sou linda!


tenho cabelo lindo
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

saúde


5 fatores que aumentam o risco de câncer de mama


Um Instituto de Medicina analisou estudos publicados sobre a ligação de fatores ambientas e risco de câncer de mama, e pesou os resultados pela força do estudo. Grandes estudos populacionais foram considerados fortes evidências de uma ligação entre um determinado comportamento ou fator ambiental e um risco reduzido de câncer de mama.
Alguns fatores mostraram evidências consistentes de uma ligação com câncer de mama. Certos riscos para câncer de mama são inevitáveis, como uma predisposição genética para a doença. Mas há várias coisas que as mulheres podem fazer para reduzir seu risco da doença.
Essas ações incluem evitar radiação médica desnecessária, certos tipos de terapia de reposição hormonal, tabagismo, limitar o consumo de álcool, manter um peso saudável e fazer exercícios regularmente. Confira fatores que podem aumentar seu risco de câncer de mama:
1 – Radiação ionizante
Um fator de risco foi a radiação ionizante, que é usada em exames médicos, tais como tomografia computadorizada, raios-X dentais e mamografias. Os pacientes devem seguir o conselho de seus médicos sobre o quanto precisam desses exames, e evitar se puderem.
2 – Terapia hormonal
Outro fator de risco foi o uso de terapia hormonal que combina estrogênio e progesterona. Essa terapia reduz os sintomas da menopausa. Porém, seguindo o mesmo caso da radiação, os pacientes só devem recorrer a terapia se realmente precisarem.
3 – Ganho de peso
Ganho de peso foi associado a um risco aumentado de câncer de mama, principalmente para as mulheres na pós-menopausa. O certo é se exercitar para diminuir as chances do câncer.
4 – Substâncias químicas
Algumas pesquisas sugerem que certas substâncias químicas em fumaças de escape dos veículos a gasolina aumentam o risco de câncer de mama, mas a evidência não é tão persuasiva.
O uso de tintura de cabelo e celulares, por outro lado, não deve aumentar o risco de câncer de mama.
Para outros produtos químicos, não há provas suficientes para dizer se contribuem ou não para o câncer de mama, como pesticidas, ingredientes em cosméticos e suplementos alimentares.
5 – Consumo de álcool
Enquanto o consumo de álcool foi associado com um risco aumentado de câncer de mama, pequenas quantidades também podem reduzir o risco de doenças cardíacas. A recomendação é que as mulheres pesem os riscos e benefícios do consumo de álcool.
Segundo os pesquisadores da aérea, muito mais estudos são necessários para entender como nosso meio ambiente influencia o risco de câncer de mama durante a vida de uma mulher. [LiveScience]